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Clientes se revoltam e acampam em frente à Madeira Chic

Imagem Clientes se revoltam e acampam em frente à Madeira Chic
Empresa é acusada de dar calote e fechar as portas  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 30/05/2013, às 07h22   Alessandro Isabel (Twitter @alesandroisabel)


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“Graças à sua filosofia de oferecer o melhor aos seus clientes, a empresa ganhou espaço rapidamente e hoje já ocupa posição de destaque no mercado”. As palavras demonstram transparência e idoneidade, mas segundo os clientes da Madeira Chic não condizem com a realidade da empresa responsável por projetar, construir e armar móveis de alto padrão em Salvador.

Localizada na Alameda das Cajazeiras, Caminho das Árvores, a corporação segue instalada em uma estrutura que impressiona e passa a imagem de segurança. As palavras do proprietário da Madeira Chic, identificado como Cláudio Jorge Andrade Lima, também impressionaram os clientes que fecharam contratos com valores altos, pagamento adiantado, mas que não tiveram o serviço concluídos: “sequer iniciados”, afirma o empresário Lázaro Farias que desembolsou R$ 65 mil em setembro de 2012 e até a presente data não conseguiu ter a presença de um funcionário da empresa para medir os móveis prometidos.


Além de Lázaro, um grupo de clientes também engrossa o coro e denuncia a quebra de contrato por parte da Madeira Chic que, segundo os denunciantes, fechou as portas. “Recebemos com surpresa a informação de que a empresa faliu. Chegamos na porta da empresa hoje e nos deparamos com portas e janelas fechadas. Até os funcionários foram pegos de surpresa. Vieram trabalhar e não sabem o para onde ir”, conta o médico Hélio Son Santos que pagou R$ 75 mil para não ter o serviço iniciado.

A lista de pessoas lesadas não para de crescer. O Bocão News esteve na manhã desta quarta-feira (29) no local e constatou a falta de funcionários na empresa que segue fechada. Durante a reportagem clientes chegavam. O número foi crescendo e em vinte minutos, dez pessoas chegaram ao local com a mesma pergunta: “fechou?”.

A dentista Tais Albuquerque pagou R$ 26 mil pelos móveis para o consultório. “Não atendem as minhas ligações. Não dão retorno e a última vez que eu consegui falar com eles deram resposta evasiva e desapareceram”. Telma Freitas teve prejuízo de R$ 23 mil. “Meus móveis chegaram. Mas, com problemas no projeto. Eles não foram montar e faltou peças. Passo por constrangimentos e a certeza que eles têm da impunidade ”, denuncia.

Nem os funcionários foram poupados da situação. De acordo com Anderson Santana de Paulo, que trabalhou por sete meses na Madeira Chic o prejuízo é incalculável. “São dois meses de atraso de salários, além do transporte, horas extras e freelas. Eles ficavam dizendo ‘é hoje, é amanhã’, mas resolvi tomar uma atitude hoje e eles simplesmente desapareceram”, reclama o jovem que seguiu acompanhado por mais quatro funcionários que ficaram desempregados.

Todos os clientes foram registrar ocorrência na Delegacia do Consumidor (DECON) e na Delegacia de Repressão ao Estelionato e Outras Fraudes (DREOF). A reportagem do Bocão News tentou, sem sucesso, manter contatos com Cláudio Jorge Andrade Lima. 

Postada às 13h22 do dia 29 de maio

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