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Sílvio vende PanAmericano por R$ 450 milhões

Imagem Sílvio vende PanAmericano por R$ 450 milhões
Empresário confirmou a venda, para o Banco BTG Pactual, na noite desta segunda-feira (31)   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 01/02/2011, às 07h51   Redação Bocão News


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O empresário Sílvio Santos, enfim, decidiu na noite desta segunda-feira (31) se livrar do PanAmericano, mas também já anunciou que não vai vender mais nenhuma empresa.  O banco foi vendido para o BTG Pactual, empresa de investimento pertencente à André Esteves, que desembolsou o valor de R$ 450 milhões pelo negócio. Com isso, passará a deter o controle da empresa junto com a Caixa Econômica Federal (CEF), que possui 36,6% das ações. Será realizada ainda uma Oferta Pública de Aquisição de Ações (OPA) aos minoritários nas mesmas condições oferecidas ao acionista controlador pelo preço de 4,89 reais por ação.
Em pronunciamento aos jornalistas, Sílvio Santos reiterou que não terá de arcar mais com nenhuma dívida e que suas outras empresas não estão envolvidas na operação. “Nada do que é meu está mais à venda, nem o SBT, nem o Jequiti, mais nada”, declarou. O empresário aproveitou ainda para mandar um recado aos acionistas: “Meu banco não causou prejuízo a ninguém, nem aos clientes, nem aos acionistas. Aqueles que sofreram com desvalorização dos ações, agora, com certeza, vão ter recuperação”, destacou. “O BTG Pactual é uma instituição muito competente. Vocês podem continuar a comprar ações do PanAmericano”, acrescentou.
Fraude – Desde setembro, a instituição, que, por anos, foi o negócio mais rentável do grupo capitaneado pelo apresentador, passou a ocupar as páginas dos jornais. A notícia que deu início ao escândalo foi a descoberta, realizada pelo Banco Central, de um rombo de 2,5 bilhões de reais gerado por operações fraudulentas realizadas por executivos. Em novembro, o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) concordou em emprestar este mesmo valor ao empresário, que chegou a colocar o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT) como garantia para a dívida.
Na semana passada, novos indícios passaram a apontar um prejuízo ainda maior, que teria atingido 4 bilhões de reais. A partir disso, o Banco Central exigiu a troca do controlador da instituição. O balanço trimestral da instituição, cuja divulgação estava prevista para esta segunda-feira e que poderia confirmar o rombo, teve de ser adiado, sem previsão de nova data, justamente por conta das indefinições em torno da venda.
A entrada do BTG deverá marcar ainda uma ‘nova era’ na gestão do no PanAmericano. “Com o negócio, o PanAmericano passará a compartilhar do alto padrão de governança corporativa e de controles, além da cultura meritocrática, característicos do BTG Pactual”, destacou nota do grupo.
A aquisição está sujeita às condições habituais para fechamento, incluindo a aprovação do Banco Central.
O comprador
Em um ano e meio, o BTG Pactual fez doze grandes aquisições em diferentes setores no país, com destaque para áreas hospitalar e farmacêutica. O banco – líder no Brasil em operações de emissão de ações quanto em fusões e aquisições – recebeu no ano passado um aporte de 1,8 bilhão de dólares de fundos soberanos da China e de Cingapura. Hoje, o patrimônio do Grupo BTG Pactual é de aproximadamente 7,3 bilhões de reais e o do Banco BTG Pactual, de 5,6 bilhões de reais.

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