Pelo menos três aviões da extinta Viação Aérea São Paulo (Vasp) estão no Aeroporto Internacional de Salvador à espera da decisão da Justiça. Abandonados, e já com pontos de ferrugens, sem funcionar e faltando peças, eles ficam à mercê do tempo. Quem passa pela frente do aeroporto logo percebe as 'geringonças' paradas que estão cada dia mais depredadas.
Segundo a assessoria do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 5ª Região, algumas aeronaves chegaram a entrar na pauta dos leilões, mas os empresários responsáveis pelos equipamentos entraram com recurso. Isso porque existe uma prerrogativa na Vara de Execução de Falência, que deixa todos os bens da empresa congelados até que o caso seja solucionado.
Em contato com a assessoria de Comunicação do aeroporto, as informações são que os aviões estão estacionados em uma área que não interferem o tráfego, nem no funcionamento do local e permanecem por ordem da justiça.
Além da Bahia, eles estão em mais nove estados. Na sua maioria são de empresas que não voam mais ou então de proprietários que têm dívidas cobradas na justiça, como o caso da Vasp.
Apesar dos pesares, a empresa foi uma das contribuintes no cenário de aviações, quando em surgiu em 1933, a Viação Aérea São Paulo (Vasp) modernizou com a aviação comercial brasileira.
Em setembro de 2004, o Departamento de Aviação Civil (DAC) suspendeu as operações de oito aeronaves da companhia. Sem dinheiro para fazer os trabalhos, a Vasp decidiu encostar os jatos que, em seguida, começaram a ser canibalizados para oferecer peças aos outros 737 ainda em operação.
A Vasp parou de voar em 2005 e o patrimônio é destruído pelo tempo enquanto as brigas judiciais não chegam ao fim. O número de aviões abandonados em aeroportos do Brasil chega a 119.
Com informações do Tribuna da Bahia
