Na manhã desta sexta-feira (11), operários retiraram a carga do caminhão que afundou na Rua Direta do Uruguai na última quinta-feira (10). Mais de 24 horas depois do acidente o caminhão continua submerso no asfalto e o trânsito na região foi interditado.
Enquanto não é encontrada uma solução para retirar veículo do buraco, comerciantes amargam o prejuízo que já reflete nos estabelecimentos sem clientes, como conta Joaquim Silva, dono de um abatedouro.
“O caminhão está bem na minha porta, trabalho aqui há mais de 30 anos e nunca vi isso. O pior é ficar a mercê do poder público que não nos procura para falar nada. Ninguém da prefeitura me procurou para justificar o problema ou me dizer quando será resolvido. Estou de portas fechadas e em prejuízo”, disparou Silva.
Para Maria Aparecida Moreira, dona de uma loja de assessórios para animais, o problema teria sido gerado por excesso de peso na via. “Esse problema de carretas estacionadas tem muito tempo. A Comercial Gerdau, centro de distribuição de ferro e aço para construção civil, toma toda a via com carretas. Elas estão acabando com o asfalto. Lá na firma tem estacionamento, mas parece que não usam. Tenho cliente de outros bairros que não podem vir para meu estabelecimento por conta deste acidente. O acúmulo diário de caminhões pode sim ter piorado o problema de infraestrutura. O asfalto não estava preparado para o fluxo de veículos aqui no Uruguai” denuncia.
Maria Aparecida Moreira, dona da Bob Academia de Ginástica reforça a denúncia. “Esse bairro estava esquecido, abandonado. Os caminhões tomam as ruas nestas imediações e nada nunca foi feito. A multinacional não administra o serviço dos caminhoneiros e eles – inocentes ou culpados, tomam conta da rua”.
Enquanto moradores e comerciantes aguardam conclusão do serviço e administram o prejuízo com o estabelecimento fechado, ou com poucos clientes, servidores da prefeitura e terceirizados trabalham na retirada da carga e o veículo que ainda está submerso na grande cratera na rua. Durante o processo de retirada da carga, o Bocão News flagrou profissionais trabalhando sem capacete ou luvas de proteção.
Fotos: Roberto Viana // Bocão News
*Nota originalmente publicada às 13h06 do dia 11/10
Roberto Viana
