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Protesto para A Tarde por duas horas

Imagem Protesto para A Tarde por duas horas
A mobilização é contra demissão de jornalista e por silêncio da direção da empresa  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 09/02/2011, às 15h49   Redação Bocão News


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Agora a pouco, após assembléia geral da redação do A Tarde, jornalistas e demais profissionais envolvidos com a produção do jornal e do site resolveram parar as atividades por duas horas. A medida foi adotada em protesto contra a demissão de Aguirre Peixoto e pelo não comparecimento de nenhum representante da direção do jornal na reunião desta quarta-feira (9).

De acordo com a presidente do Sindicato dos Jornalistas da Bahia Marjorie Moura, a diretoria do A Tarde se comprometeu em realizar uma reunião nesta quinta-feira (10), ao meio dia, para discutir a pauta entregue pela entidade sindical, que exige a readmissão de Aquirre. A depender do resultado da conversa, será feita nova assembleia, a partir das 14h, na redação do jornal, para definir as atitudes a serem tomadas para pressionar a diretoria do veículo.

O clima é tenso. Por enquanto, seguem os rumores de que a empresa prepara uma demissão em massa. Informações extra-oficiais dão conta de que a lista já teria 100 nomes.

Após longo silêncio, a Associação Bahiana de Imprensa (ABI) resolveu se manifestar.

A ABI, pela sua Diretoria, fiel às suas tradições que remontam aos princípios erigidos por seus fundadores, vem a público lamentar o episódio envolvendo o jornal A Tarde e a demissão do jornalista Aguirre Peixoto, que impactou a classe dos jornalistas da Bahia. Entende a entidade que nenhuma força – econômica, política ou social – se impõe sobre os valores maiores dos homens livres. À frente de tais valores, se agiganta a força da liberdade de imprensa, da livre expressão, do livre dizer, do direito de informar e de ser informado. Em uma síntese, é nesse conjunto de valores que se sustenta a democracia, essência que alicerça os homens iguais. A ABI lamenta e entende o fato como um retrocesso descabido, que se registra, justamente, quando a imprensa baiana está prestes a completar 200 anos de existência e tem sido, no decorrer do tempo, uma intransigente defensora das liberdades dos cidadãos e da democracia. O episódio desmerece a luta empreendida pela imprensa livre desta terra, que sempre encontrou no povo da Bahia o seu principal aliado e defensor.

Salvador, 9 de fevereiro de 2010

Samuel Celestino, presidente

Classificação Indicativa: Livre

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