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Após o dilúvio, Lajedinho revela cenário de guerra

Imagem Após o dilúvio, Lajedinho revela cenário de guerra
12 pessoas morreram e seis permanecem desaparecidas  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 09/12/2013, às 15h40   Alessandro Isabel (twitter: @alesandroisabel)


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A primeira manhã após a tempestade que provocou a morte de pelo menos onze pessoas no município de Lajedinho, na Chapada Diamantina, segue marcada de tristeza, comoção e muito trabalho por parte dos homens que fazem parte da força tarefa do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil de Salvador, Feira de Santana e Itaberaba.

A estimativa é de que seis pessoas estejam desaparecidas depois que uma verdadeira enxurrada terminou derrubando dezenas de casas na madrugada de domingo (08). De acordo com o enviado especial do Bocão News, Tony Silva, a força da água terminou varrendo a cidade e alguns moradores terminaram sendo arrastados.

“Os bombeiros estão realizando uma grande busca no rio que corta a cidade. Eles estão percorrendo uma distância de 30 quilômetros e o estado é de total destruição. O clima é de tristeza e a expectativa é de mais chuva”, contou Tony Silva na manhã desta segunda-feira (09).


Além dos bombeiros, técnicos de diversos órgãos estão na área atingida avaliando a dimensão dos danos. Homens da Polícia Técnica, policiais civis e militares com cães farejadores também auxiliam na procura por sobreviventes.

Cerca de 70 casas foram destruídas pela força da água da chuva. Os desabrigados estão alojados em escolas públicas. O número de feridos não foi contabilizado e os corpos estão no Instituto Médico Legal (IML) das cidades de Irecê e Itaberaba.

Os profissionais recebem o auxilio dos moradores da cidade nas buscas por parentes e amigos. É o caso de dona Arlinda Pereira Lima, 42 anos, que remexe os escombros a procura da mãe, filha e irmã que estão desaparecidas. 
Mesmo com o cenário de guerra, ela tem esperança de que vai encontrar os parentes com vida. “Enquanto não encontrarem os corpos, tenho fé que elas estão respirando”, conta Arlinda.

Das 12 vítimas, oito foram identificadas. São elas: Valéria Cruz Lima, Luiza Santos Lima, Tharso Lima dos Santos, de 4 anos, Cátia de Jesus Santos, Sirlene Santos da Silva, Valdete Maria de Jesus, Ilza Cavalcante Silva, de 68 anos e Olivia Andreza de Jesus.

Segundo o capitão do Corpo de Bombeiros, Ramon Dieggo, os corpos foram arrastados para locais diferentes no curso do córrego que corta a cidade e isso têm dificultado os resgates. “Infelizmente a ação da água foi instantânea e as pessoas não tiveram tempo de escapar. Alguns corpos estavam presos em cercas de arame, outros em escombros e geralmente em locais diferentes e afastados. Isso complica as buscas”, afirma o capitão que garantiu a permanência dos homens na cidade.

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