Na manhã deste sábado (26), a comunidade de Catu de Abrantes, na divisa de Lauro de Freitas com Camaçari, fazem um protesto contra transferência do pedágio de Jauá para a localidade.
Cerca de 300 famílias da comunidade já tiveram suas casas desapropriadas pelo governo Jaques Wagner, bem como a capela do Divino Espírito Santo para a construção da praça do pedágio na Linha Verde.
“Queremos mudar esse governador maldito que está pedagiando toda a região metropolitana de Salvador. Não podemos concordar com este absurdo”, revoltas-se Ailton Carvalho, 45 anos, morador do local.
Os habitantes estão revoltados, pois vivem lá há mais de um século e o governo, para atender a Concessionária Litoral Norte (CLN), está tirando a praça do pedágio de Jauá para Catu de Abrantes, enquanto a empresa sequer cumpriu com seus compromissos contratuais como a duplicação da Linha Verde até a entrada de Praia do Forte.
Uma das maiores argumentos dos manifestantes é a iminente destruição de um dos berços históricos da cultura baiana. “Aqui é onde viviam os índios tubinambás. O povo daqui carrega na veia a descendência. O pedágio vindo para cá vai descaracterizar a nossa região. O meio ambiente está sendo destruído”, diz o coordenador da manifestação, José Fernando.
Em conversa com a reportagem do Bocão News, a deputada estadual, Luiza Maia (PT), lamentou a decisão. “É uma pena, infelizmente terei que brigar com o meu governador. As comunidades da região não podem ser mais prejudicadas com mais esta decisão”, disse.
Fotos:
Edson Ruiz // Bocão News
