A cidade de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, espera absorver mão de obra de africanos que vieram ao Brasil como turistas durante a Copa, mas decidiram ficar. Segundo dados do Ministério das Relações Exteriores, 1.132 ganeses dos 2.529 que chegaram com a intenção de acompanhar de perto o mundial querem permanecer, e muitos já protocolam o pedido de refúgio para garantir permanência legal no país até a solicitação ser analisada pelo Comitê Nacional para Refugiados (Conare), ligado ao Ministério da Justiça.
Cerca de 120 ganeses estão alojados em um seminário de Caxias do Sul e, segundo as autoridades, as promessas de trabalho, facilidades para conseguir o protocolo de refugiado e uma rede de assistência aos imigrantes estão entre os principais atrativos da cidade gaúcha para os africanos que chegaram em busca de trabalho, por conta da crise crise econômica em que se encontra o país africano.
No entanto, a dona de uma agência que seleciona trabalhadores, Teresa Moraes, acredita que o cenário não seja dos melhores para os ganeses atualmente. “Nesses últimos meses, o mercado deu uma retraída, especialmente durante a Copa. Os empresários estão parando um pouco de investir. O momento daqui para frente vai ser de recessão por questões econômicas e políticas”, disse. Com informações do G1.
