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Marcello Casal JrAgência Brasil PolíticaPublicado em 21/09/2022, às 12h00 Redação
Depois de todo o sofrimento e angústia da população do Amapá com o apagão de 2021, um novo escândalo ameaça a solução definitiva do suprimento de energia elétrica para o Estado, segundo o blog Nem Amigo, Nem Inimigo.
De acordo com a publicação, o Ministério Público Estadual recebeu ontem notificação anônima denunciando tentativa de pagamento de propina pelo representante da Povoação Energia S.A. por meio de seus diretores Christian Celeste Pinto, Alexandre Carrusca e Igor Vitalino.
O apagão
Na noite do dia 3 de novembro de 2020, 90% da população do Amapá, espalhada por 13 municípios, viveu o início de um dos maiores apagões da história do país, que se arrastou ao longo dos 22 dias seguintes. Nos quatro primeiros, os cidadãos enfrentaram escuridão total e o restante sob regime de rodízio.
O apagão aconteceu após uma tempestade na subestação da Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE), empresa privada responsável pelo serviço. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), foi encontrada uma série de falhas em usinas, na rede de distribuição e Subestação Macapá, a principal do estado.
Em julho, a Polícia Federal finalizou o inquérito do caso e indiciou três diretores da LMTE. "A responsabilização foi em função do artigo 265 do Código Penal Brasileiro, devido ao transformador reserva (backup) que ficou sem manutenção por um ano", publicou a PF.
Antes disso, em fevereiro, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que multou a concessionária LMTE em R$ 3,6 milhões. Em contrapartida, a empresa declarou que o apagão foi um ‘conjunto de fatores’.
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