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ReproduçãoPublicado em 23/03/2023, às 09h13 Cadastrado por Bruno Guena
O aluno, de 17 anos, que deu uma esponja de aço para uma professora no Distrito Federal disse, em depoimento à Polícia Civil, que o ato era uma "brincadeira" do Dia Internacional das Mulheres. Segundo ele, não houve racismo. O garoto confessou que houve machismo e reconhece que estava sendo ofensivo.
O caso ocorreu no Dia Internacional da Mulher e veio à tona na segunda-feira (13), após um vídeo feito por um colega do jovem começar a circular nas redes sociais. Além da professora, ele também deu uma esponja de aço para a namorada. Após a repercussão, o aluno saiu da escola.
De acordo com a professora, o estudante demonstrou arrependimento com tudo que ocorreu e disse que "não queria que a coisa alcançasse a dimensão que alcançou".
A vítima disse à revista Marie Claire que estava cuidando de duas turmas ao mesmo tempo, quando ocorreu o incidente. Ela relatou que, no momento, ela não processou a situação "por uma perspectiva do machismo e do racismo".
Ainda segundo a professora, o que a fez perceber que se tratava de um caso de racismo foi a reação dos outros estudantes. Duas alunas a procuraram, revoltas e inquietas. "Professora, eu não dou conta de como a senhora suportou isso" disse uma das garotas para a educadora.
O delegado responsável pelo caso, Flávio Messina, disse que ainda vai ouvir a namorada do estudante e o aluno que gravou o ato e compartilhou nas redes sociais. O jovem que deu a esponja de aço para a professora contou que a gravação não foi premeditada. Messina quer entender como o garoto conseguiu flagrar o momento em que a ofensa foi realizada.
As investigações devem ser concluídas em até 45 dias.
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