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'Gatinha da Cracolândia' é impedida de ver sua filha no dia das mães; saiba motivo

Reprodução/Arquivo Pessoal
Presa desde julho do ano passado, influencer e estudante não pôde visitar criança  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Arquivo Pessoal

Publicado em 08/05/2022, às 14h25   Redação


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A influenciadora digital e estudante Lorraine Cutier Bauer Romeiro, 19, conhecida pela polícia como "Gatinha da Cracolândia", foi impedida de ver sua filha neste domingo (8), Dia das Mães. Ao portal G1, para o qual escreveu uma carta, Lorraine pediu a ajuda das autoridades para visitar a menina, pois isso não está sendo possível.

É que por determinação da Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo, todas as pessoas que entram em suas unidades prisionais precisam mostrar o comprovante de vacinação contra a Covid-19.

Não é o caso da menina, que tem 1 ano e seis meses, cuja faixa etária ainda não está incluída no Programa Nacional de Imunização (PNI). Mãe e filha foram separadas no dia 27 de julho do ano passado, quando a jovem foi presa durante uma operação policial de combate ao tráfico na Cracolândia, na capital paulista. Lorraine foi acusada de vender entorpecentes no local com o namorado, que segue preso e não é o pai da filha - ela é fruto de um relacionamento anterior.

Na carta, escrita diretamente da penitenciária na qual está, a jovem relatou que "é uma dor imensurável para todas nós e nossos familiares, pois além de estarmos provisoriamente em cárcere, não podemos ver nossas crianças". "É como se do dia para a noite desaparecêssemos de suas vidas, sem sequer nos despedirmos", disse.

Lorraine também se queixou da falta de vacinas para crianças abaixo de cinco anos no Brasil, o que contempla a sua filha. "É inadmissível a falta de vacinação na primeira idade infantil. Até porque é essencial que possamos conviver em tranquilidade com nossos filhos, esse é o único modo para que possamos tê-los aqui conosco em nossas visitas. É imprescindível a reaproximação familiar, algo tão importante e muitas vezes invisível aos olhos da sociedade, só que é nítido para quem vive, sente, sabe e presencia essa realidade cruel", lamentou.

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Responsável pela defesa de Lorraine, a advogada Patrícia Carvalho disse que a pasta estadual recusou os pedidos para que sua cliente pudesse receber a visita da filha na prisão ou até mesmo vê-la por videoconferência. Por isso, está sendo estudada a possibilidade de entrar na Justiça para que o direito lhe fosse concedido com base no que prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que garante aos presos poderem receber seus filhos em cadeias, independentemente da idade que as crianças tenham.

Ainda de acordo com o site, procurada, a Secretaria de Administração Penitenciária disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que estuda a liberação da entrada de crianças com menos de 5 anos, mesmo que sem ter sido vacinadas, graças ao aferrecimento da pandemia no estado.

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