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Mergulhador de Salvador que foi ao RS para ajudar nos resgates fala com exclusividade ao BNews

Imagem Mergulhador de Salvador que foi ao RS para ajudar nos resgates fala com exclusividade ao BNews
Mergulhador de Salvador se uniu a integrantes de outros estados para dar apoio nos resgates  |   Bnews - Divulgação
Emilly Giffone

por Emilly Giffone

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Publicado em 13/05/2024, às 12h27



Durante o programa Sete da Matina, da BNews TV, desta segunda-feira (13), um dos cinco mergulhadores de resgate que está atuando no Rio Grande do Sul para dar suporte às regiões atingidas pelas fortes chuvas contou com exclusividade ao BNews sobre a realidade no local. Os integrantes da equipe são residentes da Bahia, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul. 

O policial militar e mergulhador Lukinhas Bagyn contou ao vivo que estão conseguindo fazer os resgates operando com embarcações, jet-skis e no modo aéreo. Mas a preocupação que ainda aflige os voluntários e demais atuantes é a possibilidade de um novo aumento no nível da água. 

“Muita gente foi salva com vida, estão em abrigos seguros, com alimentação, energia. Outras pessoas não tiveram essa sorte, muita gente morreu e ainda nem estão divulgando os números exatos. Quando essa água baixar, mas ainda vai voltar para 5,50 metros, vai ultrapassar o pico máximo que foi 5,35. Então imagine como vai ser o estrago quando essa água baixar”, relatou ele. 

Lukas também deu detalhes de como está a estrutura para apoio nas operações no local. “Tem uma base montada como se fosse uma base de guerra. Tem hospital temporário, clínica veterinária, oficina mecânica de embarcações, coisas de comida, posto de combustível, um cenário de guerra”, esclareceu o militar.

Outro ponto destacado pelo mergulhador é o odor ao “navegar pelas ruas” alagadas. “A gente navega pelas ruas com a água no telhado das casas e infelizmente o odor de cadáver é muito forte”, continuou. 

Ao ser questionado sobre os moradores que não querem deixar suas residências e acabam “se mudando” para o telhado, Bagyn afirmou que eles tentam convencer os moradores a saírem, mas as vezes não conseguem.  

“Tem bairros de ruas pequenas, que tem 3. 4 casas que não querem sair a custo de nada. Elas estão conscientes e falam que ‘sabem que a chuva vai voltar, o nível que vai subir a água, mas não vai atingir nosso andar, a gente tá bem, temos comida, não queremos perder as poucas coisas que ainda temos em casa’”, lamentou Lukas. 

Por fim, ele destacou a necessidade de doações de materiais de higiene pessoal, principalmente para as mulheres, como absorventes e peças íntimas para ambos os sexos.

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