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Organização Social de Saúde denuncia calote de quase R$ 1 milhão da Prefeitura de Madre de Deus

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Segundo o IBDS, o débito ultrapassa mais de um R$ 1 milhão  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Street View

Publicado em 20/02/2022, às 13h28   Redação BNews



O Instituto Baiano para Desenvolvimento da Saúde (IBDS) denuncia que está prestes a completar um ano sem receber pagamento da prefeitura de Madre de Deus, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Esta não seria a primeira vez que a organização social pede “sensatez e sensibilidade” da gestão municipal para regularizar a situação dos médicos do Hospital Dr. Eduardo Ribeiro Bahiana.

Segundo o IBDS, o débito ultrapassa mais de um R$ 1 milhão e a administração da cidade continua sem arcar com sua parte na gestão compartilhada no município, realizando inclusive sucessivas trocas de empresas sem licitação. “Já são quatro organizações de saúde envolvidas no processo de gerenciamento compartilhado que ficaram sem receber os repasses integrais pelos serviços prestados. Os episódios recorrentes tornam cada vez mais difícil encontrar médicos disponíveis para atuar na cidade baiana", diz a empresa por meio de nota.

De acordo com o documento, o IBDS pretende ir ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Ministério Público da Bahia e demais órgãos de fiscalização e controle para denunciar a situação. “O IBDS já tentou por diversas vezes receber os valores que foram acordados entre a prefeitura e o Instituto, mesmo após a gestão municipal - representada à época pela então secretária de saúde Stela Souza e o Controlador Geral do Munícipio Lucas Mollicone - ter assinado termo de comprometimento para resolver a situação”, afirma a Organização Social.

Em um grupo de WhatsApp, médicos que atuam em Madre de Deus chamam a cidade ‘calotelândia’. A caso inclusive vem sendo acompanhado pelo Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (SINDIMED). "Em dezembro de 2021, a entidade médica chegou a intermediar o pagamento dos profissionais do Hospital Municipal Dr. Eduardo Ribeiro Bahiana referente ao mês de agosto. Os profissionais chegaram a entregar carta de suspensão do contrato em função do não recebimento de salário, e a emergência chegou a ponto de ser fechada", relata.

O BNews procurou a assessoria de imprensa, que orientou a falar com o procurador geral do Município, Manoel Guimarães Nunes. Os questionamentos foram enviados pela reportagem, mas não foram respondidos até a publicação da matéria.

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