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VÍDEO: Alunos são obrigados a beijar porco durante trote violento em universidade

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Calouros teriam sofrido agressão física e humilhação durante o trote  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes Sociais
Marcelo Ramos

por Marcelo Ramos

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Publicado em 27/05/2023, às 16h30


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Um processo de investigação foi aberto pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) após a denúncia de uma série de abusos cometidos contra calouros da instituição durante a realização de um trote universitário, em Curitiba (PR). Em imagens que circulam na internet, é possível ver os estudantes em fileira, sem roupas e sujos com uma espécie de pó branco. O caso aconteceu na quinta-feira (25).

Em outro registro, os calouros aparecem virados de costas e alguns deles sem camisa. As filmagens foram feitas da janela de um edifício, com o trote acontecendo em um terreno visivelmente vazio.

Veja:

Segundo o site Banda B, os veteranos do curso usaram animais mortos e até um porco durante o trote.

“Foi levado um porco e os alunos tiveram que beijá-lo. Eles levaram tapas no rosto, tiveram que ficar em posição de cócoras e, em momento algum, [os veteranos] se sentiram ameaçados ou pararam”, afirmou uma testemunha.

Ainda de acordo com a reportagem, a mulher afirmou ter questionado os envolvidos sobre as cenas presenciadas, mas teria sido informada que os calouros assinaram um termo antes de participar da recepção.

“Quando eu os questionei, falaram que todo mundo já sabia e que eles estavam ali porque haviam assinado um termo, que ninguém estava ali obrigado. Acho que isso é um ato criminoso e não pode acontecer”, acrescentou.

Segundo outra testemunha, os calouros foram torturados e sofreram agressões físicas durante o trote.

 “Estavam até com balde químico. Jogaram um monte de coisas neles, um monte! Só escutava os tapas, os xingamentos. Estavam batendo com um bicho morto neles”, acusou.

A universidade informou que o trote violento aconteceu fora das dependências da instituição e que a Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) trabalha para tentar identificar os estudantes envolvidos.

“A UFPR reforça que é contra qualquer ato de discriminação ou violência, seja ela física, verbal ou simbólica. Na sequência da investigação, será aberto um processo disciplinar para as devidas responsabilizações, garantindo o amplo direito de defesa dos envolvidos. Nenhuma informação mais detalhada será repassada neste momento para não atrapalhar o processo de investigação”, disse a nota.

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