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Conheça os caminhos que a água percorre até chegar as nossas casas na Bahia

Divulgação / Embasa
Bnews - Divulgação Divulgação / Embasa

Publicado em 31/03/2021, às 14h06   Redação BNews


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São muitas as barreiras que separam a água retirada de rios, mananciais ou represas das torneiras das nossas casas. Quando pensamos em água tratada, normalmente nos vem à cabeça o tratamento de uma água que estava poluída, como o esgoto, para que volte a ser limpa.

Neste cenário, cabe destacar a diferença entre tratamento de água e tratamento de esgoto. O tratamento de água é feito a partir da água doce encontrada na natureza, que possui resíduos orgânicos, sais dissolvidos, metais pesados, partículas em suspensão e micro-organismos. Após ser retirada, a água é levada dos rios ou lagos para a estação de tratamento.

Já o tratamento de esgoto é feito a partir de esgotos residenciais ou industriais na estação de tratamento e somente após uma série de procedimentos, a água pode ser devolvida à natureza, minimizando o impacto ambiental.

Na Bahia, a Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. (Embasa) está presente em 368 dos 417 municípios baianos, sendo responsável pela cobertura de 92% em abastecimento de água e 46% em coleta e tratamento de esgoto em sua área de atuação.

Segundo a Embasa, o trabalho começa nos mananciais, onde a água bruta é captada. Rios, barragens e poços são monitorados, quanto à qualidade de suas águas e aos impactos gerados pela ação humana, para que tenham condições de fornecer água limpa e em quantidade suficiente para abastecer a população.

Uma ação importante que a Embasa vem promovendo é a recuperação das matas ciliares de mananciais com avançado estado de degradação e diminuição de disponibilidade hídrica. Com a certificação de que a água é própria para o consumo humano, é realizada a captação no manancial. 

Em estado bruto, a água segue por adutora até a Estação de Tratamento de Água (ETA), onde passa por várias etapas de remoção de impurezas, até se transformar em água potável.

Detalhamento
Antes de chegar em nossas torneiras, a água passa por um intenso tratamento que inclui captação, adução, tratamento, reservação e distribuição. A captação é o momento em que a “água bruta” é retirada do manancial (rios, represas, lençóis subterrâneos ou lagos), escolhido sob critérios específicos de disponibilidade e qualidade.
Em seguida, ela é levada por adutora (tubulação), por meio de bombeamento ou gravidade, até as estações de tratamento da Embasa, onde passa por processos físico-químicos que retiram impurezas e matam micróbios, tornando-a própria para o consumo humano.

Na estação, a água bruta recebe uma substância coagulante (sulfato de alumínio ou férrico), e um alcalinizante (cal virgem ou hidratada) para modificar o seu pH e favorecer as reações químicas das etapas seguintes do tratamento. Desta forma, é possível transformar as impurezas em suspensão fina.

Em seguida, a água é agitada em câmaras chamadas flocuradores, que reúnem as partículas suspensas em flocos, para que possam ser removidas nos decantadores e nos filtros. Nos flocos estão as algas, bactérias, vírus e microorganismos da água bruta. Por isso a água, mesmo já filtrada, precisa receber uma dosagem de cloro para se tornar potável, sem o risco de transmitir doenças.

A desinfecção com cloro e seus compostos é muito utilizada no tratamento de água para eliminar as bactérias que são invisíveis a olho nu. O cloro deve estar presente em toda a rede de abastecimento para que a água chegue com qualidade até o consumidor.

Por fim, a água recebe uma pequena dose de flúor para proteger a dentição, e de cal, para equilibrar o seu PH e, assim, proteger as tubulações da rede distribuidora contra a corrosão.

Após tratamento, a água é enviada aos reservatórios, de onde será distribuída por gravidade ou bombeamento para as unidades consumidoras: residências, indústrias, hospitais, escolas, creches, comércios, etc. 

De acordo com a empresa, essas redes de distribuição são dimensionadas de forma a garantir o fornecimento de água com a quantidade e qualidade devidas.

Investimentos
Os investimentos efetivados e entregues aos municípios baianos de sua área de atuação, entre 2007 e 2020, junto com as ações do Governo do Estado somam o montante de R$ 9 bilhões e resultaram em aproximadamente mais 4 milhões de pessoas com acesso a água tratada e mais 2,5 milhões de pessoas com acesso a coleta e tratamento de esgoto.

Para empresa, esses números são mais do que uma conquista para a Bahia que apresenta índices de cobertura de atendimento significativos no cenário nacional, considerando-se a extensão geográfica do estado e 2/3 do seu território situado em região semiárida com pouca disponibilidade hídrica. 

No último relatório do Sistema Nacional de Informações do Saneamento (SNIS), com dados de 2019, a Bahia alcançou um índice acima de 90% de atendimento com rede de água e um patamar entre 40% e 70% de atendimento com rede coletora de esgoto em área urbana. Mesmo não atuando em todos os 417 municípios da Bahia, o trabalho da Embasa foi decisivo para o alcance desses indicadores.

Como resultado dessas ações realizadas nos últimos 14 anos, a Embasa registrou, no período, um aumento de 70% no número de ligações de água e de 187% no número de ligações de esgoto em relação ao quantitativo que existia em dezembro de 2006. Isso é um feito histórico, pois nunca ocorreu na Bahia e seus reflexos tanto na vida de milhões de pessoas, assim como na evolução dos indicadores sociais, econômicos e ambientais do estado são indiscutíveis.


Atuação regional
Em seu tempo de atuação, a Embasa implantou grandes sistemas integrados de abastecimento de água para atender municípios situados no semiárido, como o sistema adutor do São Francisco que abastece 16 municípios da região de Irecê; o sistema adutor do Algodão que atende 8 sedes municipais e algumas localidades rurais na região de Guanambi, os sistemas integrados de abastecimento de Senhor do Bonfim; da região do Sisal (Pedras Altas-São José do Jacuípe); de Itaberaba; de Santo Estevão, entre outros.

A empresa também ampliou grandes sistemas integrados de água, como o sistema de Salvador, que atende a capital baiana, ilhas de Salvador, Lauro de Freitas, Simões Filho, São Francisco do Conde, Candeias e Madre de Deus. Esse sistema está passando por outra obra de ampliação para melhorar e ampliar o atendimento em Candeias, São Francisco do Conde, Madre de Deus e nas ilhas de Salvador.

Outros sistemas integrados de abastecimento no interior receberam obras de ampliação para atender a zona rural dos municípios e melhorar a prestação nas sedes, como o sistema da Zona Fumageira e Paraguaçu-Milagres, no Recôncavo, sistemas de Vitória da Conquista, Euclides da Cunha, de Serrinha, entre tantos outros.

Classificação Indicativa: Livre

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