Após o início e uma série de adiamentos sequenciais, a Feira de São Joaquim já acumula um ano e meio de reformas que aparentemente não têm fim. E quem paga a conta com grande prejuízo são os tradicionais vendedores do espaço, transferidos para galpões sem espaço e visibilidade, levando muitos deles a passar necessidades.O assunto faz parte do Jornal da Metrópole desta sexta-feira (5) com denúncias para as várias datas anunciadas para o fim a obra, mas com problemas acumulados que listam empresas vencedoras de licitação que abandonaram os trabalhos, novas responsáveis que, sem dinheiro para investir, escalam poucos funcionários para trabalhar e total indefinição. De acordo com a Conder, responsável pela obra, o novo prazo é setembro, mas é impossível garantir.
Dentro do antigo espaço da feira, a realidade atual é um grande canteiro de obras que anda a passos lentos, com terra, pedaços e madeira e tijolos empilhados sem perspectiva aos vendedores. Isolados em um galpão em água de meninos, os trabalhadores reclamam que tiveram seu espaço reduzido de maneira drástica, o que os faz não ter estoque e brigar com vizinhos por centímetros, o que gera inimizades. A falta de lucros assusta.
“Muita gente está passando necessidade, até fome”, revela o vice-presidente do Sindicato de Feirantes e Ambulantes de Salvador (Sindifeira), Olival Ferreira. Já o presidente da entidade, Marcílio Costa, avalia o atual ritmo de trabalho e diz não confiar no novo prazo dado pela Conder. Ele acredita inclusive que a empresa atual também pode abandonar a obra, o que inevitavelmente jogará o já elástico prazo ainda mais para frente, prolongando a agonia dos trabalhadores.
