Infraestrutura

Wagner coloca no colo de Imbassahy problemas na primeira licitação do metrô

Roberto Viana
Governador não vê problemas na participação de Camargo Correia e Andrade Gutierrez no novo consórcio  |   Bnews - Divulgação Roberto Viana

Publicado em 22/08/2013, às 10h27   Luiz Fernando Lima (twitter: @limaluizf)


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Na coletiva concedida à imprensa, nesta quarta-feira (21), para anunciar o consórcio vitorioso da licitação do metrô de Salvador, o governador Jaques Wagner foi questionado sobre a participação da Camargo Correia e Andrade Gutierrez na Companhia de Participações em Concessões (CPC), grupo que vai construir a segunda etapa do sistema metroviário de Salvador e Lauro de Freitas.

As duas empreiteiras também integram o problemático consórcio Metrosal, que deveria ter construído a primeira etapa do metrô. As duas são investigadas por supostas irregularidades nesta obra pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Não por acaso, perguntas a respeito da licitação de 1999 foram feitas e Wagner jogou a responsabilidade para os ex-prefeitos de Salvador, Antônio Imbassahy (PSDB) e João Henrique (sem partido).

“O problema com a Gutierrez e Camargo é de quando a licitação foi feita, portanto, esta resposta não cabe a mim. Se teve algum problema é o ex-prefeito que deve responder, pois foi ele (Imbassahy) que colocou Salvador neste imbróglio que foi mais embrulhado ainda com o prefeito João Henrique, que não tem culpa, mas que não conseguiu desenrolar”.

O comandante do governo estadual explicou ainda que o contrato com o antigo consórcio foi desfeito sem custo algum para o estado. “O destrato foi feito sem nenhum compromisso de pagar nada. A não ser aquilo que seja auditado pelo TCU. Portanto, imbróglios para traz tem que ser perguntado para quem contratou a obra”.

Caberá ao TCU determinar o pagamento após o resultado da auditoria, conforme declarou o governador. Contudo, em caso de problemas na estrutura já construída é possível que haja novo problema. Já foram noticiados defeitos como vazamento de água e fissuras em pontos do primeiro trecho.

O governador prefere analisar a questão numa perspectiva otimista. “Eu não acho que duas empreiteiras de nome nacional vão fazer algo do tipo. Tenho que ter esperança de que não há este tipo de coisa. É claro que se alguém me disser que um túnel pode cair, o túnel terá que ser refeito. Neste caso teremos que abrir duas frentes de trabalho. Uma para frente e outra para trás. Agora, é óbvio que eu tenho a expectativa de não haver um quadro tão tenebroso como este”.

Nota originalmente postada às 19h do dia 21


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