Infraestrutura

Barraqueiros reclamam de ordenamento na praia de São Tomé de Paripe

Imagem Barraqueiros reclamam de ordenamento na praia de São Tomé de Paripe
Secretária da Ordem Pública, Rosemma diz que ajustes são necessários  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 04/10/2014, às 10h37   David Mendes (Twitter:@__davidmendes)



A Orla do Subúrbio de Salvador está de cara nova, onde a população ficou contente com o novo visual em São Tomé de Paripe e Tubarão, mas os barraqueiros estão zangadas com o ordenamento feito. Durante inauguração, na tarde desta sexta-feira (3), com a presença do prefeito ACM Neto (DEM) e seus secretários, a reportagem do Bocão News conversou com barraqueiros licenciados que aproveitaram a festa de inauguração, que conta com a apresentação da banda Asas Livres e do cantor Léo Santana, para faturar.

Em conversa com os comerciantes, a principal queixa é a quantidade de cadeiras disponíveis para cada vendedor. Na atual composição, cada barraqueiro recebe de três cervejarias 20 cadeiras, dez mesas e cinco porta latas, que também serve como mesa. Mas, segundo dona Sandra Conchi, 56 anos, a quantidade é insuficiente. "Dia de domingo o povo só falta bater na gente querendo cadeira", reclamou.

Já a vendedora Carmosina Silva, 61, afirmou que o ‘sistema’ implantado pela prefeitura atende só casal. "Quem vem com sua família, a metade tem que ficar na areia", criticou. Além das cadeiras reduzidas, por conta dos contratos com as cervejarias, os equipamentos não podem se misturar. "A fiscalização não deixa", contou dona Carmosina.

Entretanto, para a secretária de Ordem Pública (Semop), Rosemma Maluf, a coisa não é bem assim. Segundo a chefe da Semop, os equipamentos foram equacionados conforme o espaço físico. "Antes as praias de Salvador eram privatizadas. Eles (barraqueiros) colocavam quantas cadeiras dessem. Há um tempo você nem conseguia andar na praia, um espaço público que tem que contemplar todos", explicou Rosemma.

Ainda conforme a secretária, o novo ordenamento permite uma inclusão maior de novos informais na atividade. "O gestor público tem que pensar em todos. Aqui (São Tomé de Paripe) licenciamos um maior número de barraqueiros. Pensamos também no lado social", afirmou.

Sobre a proibição do compartilhamento de equipamentos das três cervejarias - Ambev, Schin e Itaipava, Rossema afirmou que a fiscalização não é atribuição da prefeitura, já que a negociação com as distribuidoras é feita pela própria associação local.

Nota originalmente postada dia 3

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