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Quilombolas acusam prefeito de Cachoeira de perseguição e de usar evento público em prol de deputado

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Na peça jurídica, o conselho acusa o prefeito de expulsar a organização de um projeto social de uma creche  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 24/09/2018, às 14h59   Redação BNews


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O movimento quilombola da cidade de Cachoeira tem demonstrado descontentamento com atitudes do prefeito da cidade, Tato Pereira (PSDB). Um fato recente motivou uma representação do Conselho Quilombola da Bacia e Vale do Iguape contra o chefe do Executivo no Ministério Público.

Na peça jurídica, o Conselho acusa o prefeito de expulsar de uma creche a organização do projeto “Oficinas de Formação de Agentes Quilombolas de Direitos: Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa, Promoção de Direitos Humanos e Cidadania na Microrregião do Tabuleiro da Vitória”, realizado pela Associação de Mulheres do Quilombo do Tabuleiro da Vitória – AMQTVA e aprovado em edital do Governo da Bahia.

O evento aconteceria na Creche Escola João de Matos, entre os dias 21 e 23 de setembro, mas, conforme a denúncia, o diretor da unidade escolar foi desautorizado pelo prefeito que, por questões políticas, “mandou colocar no meio da rua todos os materiais e equipamentos do trabalho”.

“A retaliação do prefeito Tato reflete uma postura coronelista e também ímproba, na medida em que a escola não é propriedade privada, tampouco deve atender a interesses eleitoreiros”, denuncia a entidade.

CAMPANHA - Outro fato apontado pela comunidade na representação dá conta da utilização do mutirão de saúde promovido pela secretaria local em prol da candidatura a reeleição do deputado Alan Castro (PSD).

“Após os atendimentos, os pacientes receberam suas carteiras de identidade com o nome e o número do candidato a Deputado Estadual Alan Castro. Os atendentes não diziam nada para os pacientes, apenas devolviam suas carteiras de identificação com o adesivo colado, sendo que muitos deles somente perceberam o estratagema após chegarem em seus lares. Para comprovar o aqui alegado, colacionamos fotos do aludido documento de alguns dos participantes“, relata a entidade na representação ao MP.

O BNews, desde o fim de semana, tem tentado contato com a prefeitura de Cachoeira para os devidos esclarecimentos, mas até então não obteve retorno.

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