Coronavírus

Com Covid-19, paciente em Feira de Santana diz que foi a pé da UPA ao hotel por falta de ambulância

Agência Brasil
De acordo com o paciente, não havia ambulância para levá-lo, e foi informado de que teria que aguardar a chegada de um veículo do SAMU, que ainda estava em Salvador  |   Bnews - Divulgação Agência Brasil

Publicado em 03/04/2020, às 13h47   Redação BNews


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Um homem de 31 anos alega que no dia em que foi diagnosticado com o novo coronavírus em Feira de Santana, saiu do hospital e foi andando a pé para o hotel em que estava hospedado. De acordo com o paciente, não havia ambulância para levá-lo, e foi informado de que teria que aguardar a chegada de um veículo do SAMU, que ainda estava em Salvador.

Natural de Sertãozinho, homem está em Feira de Santana a trabalho. Ele começou a ter os primeiros sintomas no dia 20 e procurou uma unidade de saúde no dia seguinte. Ele fez todos os exames e foi avisado de que deveria se manter em isolamento, até que fossem no hotel realizar o testo para Covid-19.

Nesta semana, o seu resultado deu positivo para a doença. Uma ambulância do SAMU foi enviada para levá-lo ao Hospital Clériston de Andrade, onde fez uma tomografia e voltou para a policlínica. Já de noite, com fome, insistiu para que o levassem de volta para o hotel.

“E eu fiquei aguardando a ambulância. Isso era umas 19h já, fiquei aguardando até 20h. Quando deu umas 21h30 o pessoal viu que eu estava inquieto e que eu queria voltar. Estava sem comer, queria tomar banho, e o pessoal falou que o pessoal da ambulância não queria fazer o transporte. Eu entrei em contato com o Samu, e falei com uma pessoa que disse que o Samu é uma unidade de urgência e emergência não podendo fazer transporte, que era para eu solicitar um Uber ou outro transporte só que a partir do momento em que eu fui constatado como positivo eu não posso ficar transitando normalmente em outros veículos no meio do pessoal, aí falei com o pessoal da policlínica e eles falaram que realmente o pessoal não queria fazer o transporte e estava aguardando a ambulância retornar de Salvador. Eu achei estranho porque um município deste tamanho tem mais condições. Aí pedi meus exames e falei que iria a pé. O pessoal ficou assustado, não queria, mas eu vim a pé da policlínica até meu hotel. Achei uma falta de consideração, uma falta de respeito total porque eu estava aqui a trabalho, porque diferente da forma como foi passado para a imprensa, eu não vim de São Paulo com a doença eu contrai aqui”, relatou o homem ao site Acorda Cidade.

O inspetor de qualidade agora lamenta que precise ficar longe da sua família. Ele também alertou a população para que cumpra a norma de isolamento social.

“Não pedi pra ficar doente, estou longe da minha família, estou longe de casa, e eu queria um apoio maior porque é difícil estar longe de casa e não ter ninguém por você. Também quero alertar a população para continuar se preservando se puder ficar em isolamento ficar, porque essa doença não é brincadeira. É uma sensação ruim demais, é insuportável. É isso que tenho para falar para vocês”, concluiu. 

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