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Falso dentista que atuava no interior da Bahia extraiu nove dentes de paciente que se queixava de dor

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Atuação foi denunciada pelo Conselho Regional de Odontologia (CRO); caso é investigado pela polícia  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 07/08/2019, às 08h25   Redação BNews


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O falso dentista que atuava em Itabuna, no Sul da Bahia, e também em Vitória da Conquista, no Centro-Sul do estado, deixou diversas vítimas na região. O suspeito é Paulo Henrico Almeida, 38 anos, estudante de odontologia e investigado pelo crime de exercício ilegal da profissão nas duas cidades. Uma reportagem exibida pela TV Bahia apresentou o relato de três vítimas.

Uma das vítimas denunciou que teve nove dentes extraídos de uma só vez pelo falto dentista durante uma consulta. A vítima, que preferiu não se identificar, contou que procurou o consultório do homem que se apresentava como profissional, após uma inflamação em um dos dentes e afirmou que foi surpreendido com as extrações.  Segundo o homem, o procedimento foi realizado no mesmo dia em que ele passou por consulta com o suspeito, que ainda receitou remédios, no município de Itabuna.

A empregada doméstica Sirlene Santos relatou que ficou abalada após levar o filho de 21 anos para uma avaliação com o suspeito. Durante a consulta, o falso dentista teria orientado que o jovem tivesse dois dentes extraídos e substituídos por implantes, o que foi seguido pela família. À mãe do jovem, o suspeito disse que o filho dela estava com uma bactéria no sangue, que poderia vir a óbito.

Outra vítima denunciou que teve uma infecção grave após colocar implantes com o falso profissional. O carpinteiro Frank Andrade conta que pagou R$ 6 mil pelo procedimento, que também foi feito no mesmo dia do orçamento, sem nenhum preparo prévio.

Em Conquista, em maio deste ano, o Conselho Regional de Odontologia (CRO) o denunciou pela atuação irregular. Já em Itabuna, a Polícia Civil pediu a suspensão temporária da clínica onde o falso dentista atuava. O inquérito do caso deve ser concluído em até 20 dias.

De acordo com o delegado Humberto Marques, a clínica era investigada pelo CRO porque não tinha um responsável técnico especializado em implantes. Entretanto, os donos da unidade médica mudaram o nome do administrador. A mudança foi considerada como uma tentativa de esconder a irregularidade. Mas, o novo administrador também não tem a especialização em implantes odontológicos.

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