Política

Possível candidato à prefeitura de Lauro, Ferraz fala de seguir em frente após escândalo de Geddel

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O ex-diretor da Codesal afirmou que "fatalidades acontecem"  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Facebook

Publicado em 12/06/2019, às 17h58   Pedro Vilas Boas


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O advogado Gustavo Ferraz (PV) quer seguir em frente. Ex-diretor geral da Defesa Civil de Salvador (Codesal), há pouco mais de um ano viu seu nome ser envolvido em um escândalo de propina, que levou à prisão o ex-ministro Geddel Vieira Lima. "O que foi feito comigo foi injustiça", declarou ao BNews nesta quarta-feira (12).

Agora, a prioridade de Ferraz na vida pública é sua candidatura à prefeitura de Lauro de Freitas em 2020, que, apesar de não poder oficializar, não esconde o desejo de concorrer. "Tem uma longa estrada a ser percorrida, apesar do pouco tempo, mas estamos construindo esse processo", admitiu. 

Inocentado pelo Supremo Tribunal Fedeal (STF) no caso do "bunker" de Geddel, quando foram encontrados R$ 51 milhões em malas e caixas num apartamento da Graça, em 2017, ele diz que não tem mais nenhum contato com os Vieira Lima. Porém, também não expõe sentimentos como traição, ou ressentimento;desconversa.

"Um amigo seu tá preso, um parente, qual a relação que tem com ele? Fatalidades acontecem. Ninguém é culpado pelas coisas que acontece na vida. Nem eu saberia dizer pra você por que estava aquilo ali, até porque tinha outras pessoas envolvidas naquele contexto, não sei qual a origem do saco", afirmou.

Costurando alianças

Nas eleições municipais de 2016, Gustavo Ferraz concorreu junto a Mateus Reis (então no PSDB, agora PPS), como vice na chapa. Desta vez, diz não haver possibilidade de conversa com o antigo aliado. "Fica difícil conversar com alguém que já definiu o caminho", cravou.

A fala de Ferraz é exposta após especulações de que Mateus deve compor uma chapa com o dono do Grupo Atakarejo, Teobaldo Costa. "Tenho muito respeito por ele, mas, infelizmente, não tem como continuar conversando com alguém que já tá definido", disse.

Ele revelou que tem conversado com líderes políticos de Lauro de Freitas, a exemplo do vereador Coca Branco (PPS), aliado de Mateus Reis, e líder da oposição. 

Para o advogado, a atual gestão do município, de responsabilidade de Moema Gramacho (PT), tem decepcionado. " É inevitável, ao fazer uma análise da atual situação do município, você não descorrer sobre a pessoa que mais tempo ficou sentada na cadeira da prefeitura", explicou.

Mesmo após ter sido inocentado, por unanimidade, Ferraz não recebeu afagos públicos de antigos aliados, como o próprio partido do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), a quem respondia quando diretor da Codesal. "Eu acho que o julgamento disso é a consciência de cada um, quem julgou antecipadamente".

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