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Sob pressão, prefeito de Santo Amaro terá que efetuar repasses para maternidade filantrópica não fechar as portas

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Repasses atrasados chegam a R$ 1,3 milhão   |   Bnews - Divulgação reprodução // Recôncavo Online

Publicado em 03/09/2019, às 18h53   Rafael Albuquerque


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O prefeito de Santo Amaro, Flaviano Bomfim (PP), acumula à frente da prefeitura uma dívida de aproximadamente R$ 1,3 milhão com o Hospital Maternidade de Santo Amaro, entidade filantrópica sem fins lucrativos que presta serviço à gestão municipal. Pelo menos é o que atestou ao BNews o vereador Herdem Cristiano (DEM), presidente da Câmara Municipal de Santo Amaro. Em entrevista, ele criticou o atraso nos repasses: "Na verdade, a maternidade, que é uma entidade filantrópica, nos enviou documento informando que está fechando as portas por falta de repasse. O valor mensal é de aproximadamente R$ 124 mil. O prefeito Flaviano Bonfim já deve mais de R$ 1,3 milhão. Precisamos que o prefeito honre com seus repasses. Estamos na Câmara levando ao conhecimento da população. Se fechar as portas, infelizmente, não teremos mais cidadãos nascidos em Santo Amaro".

Por causa do atraso nos repasses, o hospital não tem conseguido arcar com o pagamento dos funcionários, que cobram da prefeitura um posicionamento. Informações de bastidores dão conta de que a ideia de Flaviano é que, após o fechamento da maternidade, os serviços sejam transferidos para a Santa Casa / Natividade. Mas o presidente da Câmara adianta que a prefeitura não tem condições de bancar a empreitada: "na verdade, dizem que tem essa estrutura, mas a única que tem estrutura adequada seria a de Santa Casa de Oliveira dos Campinhos, um distrito. Mas o prefeito não vem honrando nem com os compromissos lá". 

Herdem falou ao BNews sobre uma possível solução para o impasse: "a gente está tentando ver uma audiência com o pessoal da maternidade e levar esse entendimento ao Ministério Público e ver o que a Câmara pode fazer também. Vamos fazer de tudo para que a maternidade sobreviva e que ele cumpra as obrigações".

Representante do Hospital Maternidade, Regival Mattos de Souza afirmou ao BNews que já houve uma reunião entre juiz da cidade, promotor público e prefeito onde ficou decidido que os serviços de obstetrícia vão permanecer no mesmo local. Ficou acordado que o pagamento dos repasses em atraso deve ser feito o quanto antes.

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