Cidades

MP-BA participa de força-tarefa que investiga João de Deus após relatos de abuso sexual

Walterson Rosa/Folhapress
As vítimas podem procurar o Grupo de Atuação Especial em Defesa da Mulher (GEDEM)  |   Bnews - Divulgação Walterson Rosa/Folhapress

Publicado em 14/12/2018, às 06h53   Adelia Felix


FacebookTwitterWhatsApp

O Ministério Público da Bahia (MP-BA) participa da força-tarefa nacional que atende mulheres que afirmam terem sido vítimas do médium João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, que atendia milhares de brasileiros e estrangeiros na Casa de Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia.

Na Bahia, as vítimas podem procurar o Grupo de Atuação Especial em Defesa da Mulher (GEDEM), na Rua Arquimedes Gonçalves, nº 142, no bairro de Nazaré, em Salvador. O contato com o MP-BA pode ser feito também por meio dos telefones (71) 3321-1949 ou 3103-0345/0610, e pelo e-mail [email protected].

As supostas agressões sexuais foram reveladas, inicialmente, pelo programa Conversa com Bial, da TV Globo. Após grande repercussão, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) montou uma força-tarefa nacional para investigar as denúncias de abusos sexuais e outros crimes atribuídos ao líder religioso. Até esta quinta-feira (13), 330 mensagens e contatos por telefone foram recebidos pelo órgão.

Os abusos teriam ocorrido desde a década de 80 até outubro do ano passado. Segundo o MP-GO, já existem denúncias contra João de Deus desde 2010. Em 2012, ele chegou a ser julgado por abuso sexual, mas foi inocentado por falta de provas.

Na quinta-feira, o MP-GO pediu a prisão preventiva de João de Deus. Segundo o órgão, as vítimas se identificaram como sendo de Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Pernambuco, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Pará e Santa Catarina.

Movimento em defesa de João de Deus
Cerca de 200 voluntários que trabalham na Casa Dom Inácio de Loyla fizeram uma procissão em defesa do médium, na tarde desta quinta-feira. Eles percorreram ruas da cidade fazendo orações e segurando cartazes. Vestidos de branco, eles seguravam folhas com dizeres como “Gratidão”, “Médium João de Deus estamos com você” e “Unidos pela Casa”.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp