Justiça

Lava Jato pede mais uma condenação para Vaccari

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O ex-tesoureiro do PT foi preso no dia 15 de abril de 2015, por decisão do juiz federal Sérgio Moro  |   Bnews - Divulgação Arquivo/Agência Brasil

Publicado em 24/09/2018, às 08h33   Redação BNews


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Em alegações finais, a força-tarefa da Operação Lava Jato pediu ao juiz federal Sérgio Moro condene, mais uma vez, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. 

Corrupção passiva envolvendo supostos esquemas de desvios de contratos para o afretamento de navios sondas do grupo Jurong com a Petrobrás, por intermédio da Sete Brasil seria o motivo da condenação nesta ação, que pede ainda que sejam sentenciados o ex-gerente da área internacional da Petrobrás Eduardo Musa, o ex-diretor de Serviços da Estatal Renato Duque, e o lobista Guilherme de Jesus. 

Para a força-tarefa, segundo o Estadão, Vaccari ‘teve atuação significativa na implementação da Sete Brasil, bem como possuía, dentro da organização criminosa, elevado e preponderante poder de decisão sobre a forma como seria pactuada e destinada a propina recebida’. 

“Além de arrecadar os recursos ilícitos destinados ao partido, exercia papel relevante na manutenção política dos funcionários corruptos em seus postos estratégicos”. Segundo a denúncia, que repete a exposição de um cenário já acusado pela Lava Jato, 2/3 da propina eram destinados ao Partido dos Trabalhadores e 1/3 para os funcionários da Petrobras e da Sete Brasil. 

Em depoimento, o ex-diretor Pedro Barusco afirmou que a divisão era acertada entre ele, Vaccari e Duque. Segundo o Ministério Público Federal, Vaccari, ‘na condição de tesoureiro do Partido dos Trabalhadores e de articulador do recebimento da vantagem indevida por essa agremiação, mantinha-se próximo a João Ferraz e Pedro Barisco (na Sete Brasil) e, na Petrobrás, a Renato Duque não apenas para estruturar a seu lado o esquema de solicitação e recebimento de vantagens indevidas, mas também para assegurar que parte dos valores fosse efetivamente repassada à agremiação partidária’. 

Nos autos, o advogado Luiz Flávio Borges D’Urso, que defende o ex-tesoureiro do PT, afirmou que o ‘vício revelado na denúncia não se restringe apenas à falta de comprovação da materialidade delitiva, pois se estende também à própria indicação de elementos de autoria, também inexistentes. 

O ex-tesoureiro do PT foi preso no dia 15 de abril de 2015, por decisão do juiz federal Sérgio Moro, na 12ª fase da Operação Lava Jato.

O petista foi absolvido duas vezes e condenado uma vez em segunda instância. Na ação condenatória, os desembargadores aumentaram de 10 para 24 anos a pena do tesoureiro do PT.

O petista ainda está condenado a 6 anos e 8 meses (setembro de 2016), de 10 anos (fevereiro de 2017) e de 4 anos e 6 meses (junho de 2017) pelo juiz federal Sérgio Moro. 

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