Justiça
Publicado em 08/01/2019, às 06h03 Folhapress
O ex-ministro petista Antonio Palocci negocia com o MPF (Ministério Público Federal) em Brasília um complemento de sua delação premiada, firmada com a Polícia Federal.
Nesta segunda-feira (7), ele prestou depoimento a procuradores que investigam esquemas de corrupção e desvio de recursos de bancos públicos e fundos de pensão patrocinados por estatais.
A Procuradoria abriu um procedimento sigiloso para obter a colaboração do ex-ministro em inquéritos e ações penais que tramitam no Distrito Federal. Além de esquemas envolvendo fundos de pensão, alvos da Operação Greenfield, os investigadores miram ilegalidades na edição e aprovação de medidas provisórias, caso em apuração na Operação Zelotes.
Em depoimento em setembro, Palocci acusou os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff de interferência indevida em fundos de pensão para favorecer a Odebrecht.
Em dezembro, Palocci acusou Lula de acertar com um lobista do setor automobilístico pagamentos ao filho caçula, Luís Cláudio Lula da Silva, em troca de benefícios viabilizados por uma medida provisória. Na época, a defesa do ex-presidente afirmou que Palocci aproveitou-se de seu depoimento para "tomar a iniciativa de fazer afirmações sem qualquer relação com o processo, com o nítido objetivo de atacar a honra e a reputação do ex-presidente Lula e de seu filho".
A Procuradoria não se pronunciou sobre o depoimento desta segunda. O ex-ministro cumpre prisão domiciliar em São Paulo, mas a viagem a Brasília foi autorizada pela Justiça Federal.
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