Justiça
Publicado em 09/01/2019, às 20h08 Redação BNews
O ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL), Fabrício Queiroz, poderá ter os sigilos bancário e fiscal quebrados. A informação é do Ministério Público do Rio (MP-RJ), que analisou o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), o qual apontou movimentações de R$ 1,2 milhão em um ano nas contas de Queiroz.
O ex-assessor foi intimado a depor desde o mês passado, mas a defesa alegou que ele estava internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. No último dia 1º, ele passou por uma cirurgia para a retirada de um câncer de cólon.
Queiroz recebeu alta do hospital na terça-feira (8) e será avaliado pelos médicos para definir o melhor tratamento quimioterápico a ser realizado. Segundo O GLOBO, o advogado de Queiroz, Paulo Klein, disse que o próprio cliente está pagando os custos do tratamento no Einstein.
A defesa também alegou, em documento enviado ao MP, que a esposa de Queiroz, Márcia Aguiar, e as duas filhas ficarão em São Paulo até o fim do tratamento médico do ex-assessor, sem precisar quando poderão depor. As três deveriam ter prestado esclarecimentos à Justiça na terça-feira (8), mas não compareceram e a oitiva foi adiada. Elas trabalharam para a família Bolsonaro na Câmara de Deputados e na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
A Coaf mostrou que Queiroz recebeu em suas contas bancárias transferências e depósitos feitos por oito funcionários que foram ou estão lotados no gabinete de Flávio. A Justiça suspeita que tenha havido desvio dos salários dos assessores, mas ainda não surgiram provas que comprometam o senador. O Ministério Público sugeriu que o parlamentar deponha nesta quinta-feira (10), mas ele ainda não teria respondido se aceitaria a data.
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