Justiça

Bolsonaro defende prisão de condenados em 2ª instância

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Vamos combater a impunidade", escreveu Bolsonaro no Twitter  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/Arquivo/BNews

Publicado em 10/01/2019, às 06h43   Folhapress


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O presidente Jair Bolsonaro usou as redes sociais para repetir que é favorável à prisão após condenação em segunda instância. "No gestão anterior a AGU [Advocacia-Geral da União] manifestou-se a favor da prisão somente após o esgotamento de todos os recursos. Esse posicionamento será revisto pelo nosso governo em sentido favorável ao cumprimento da pena após condenação em segunda instância. Vamos combater a impunidade", escreveu Bolsonaro.

Ainda durante a campanha, o presidente se manisfestou favorável à decisão tomada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), de mandar prender condenados após a condenação em segunda instância, antes do esgotamento dos recursos.

Em dezembro, Bolsonaro elogiou a decisão do presidente do STF, Dias Toffoli, que suspendeu a liminar concedida pelo ministro Marco Aurélio Mello, também do STF, que permitia a soltura de todos os presos condenados em segunda instância da Justiça.

"Parabéns ao presidente do Supremo Tribunal Federal por derrubar a liminar que poderia beneficiar dezenas de milhares de presos em segunda instância no Brasil e colocar em risco o bem estar de nossa sociedade, que já sofre diariamente com o caos da violência generalizada!", disse Bolsonaro nas redes sociais.

Toffoli marcou para 10 de abril o julgamento das ações que vão discutir de forma definitiva a possibilidade de prender condenados em segunda instância. A análise das duas ADCs (ações declaratórias de constitucionalidade) pelo plenário do Supremo poderá eventualmente mudar o entendimento vigente sobre a execução provisória da pena, antes de esgotados todos os recursos nos tribunais superiores.

Dependendo do entendimento firmado, a decisão poderá beneficiar condenados como o ex-presidente Lula, preso em Curitiba após ser condenado em segundo grau no caso do tríplex de Guarujá (SP). Lula está preso desde 7 de abril. A corte enfrentará novamente o tema quando a prisão tiver completado um ano.

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