Justiça

“Foram cometidos excessos”, critica ACM Neto sobre atuação do Judiciário no Brasil

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Neto mostrou entusiasmo com a possível indicação do baiano Augusto Aras para procurador-geral da República  |   Bnews - Divulgação Paulo M. Azevedo/ BNews

Publicado em 12/08/2019, às 13h22   Bruno Luiz


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Defensor da Operação Lava Jato, o prefeito de Salvador e presidente nacional do DEM, ACM Neto, afirmou nesta segunda-feira (12) que o Judiciário brasileiro cometeu “excessos” em sua atuação nos últimos anos, com funcionários públicos “exorbitando de suas funções”. A declaração dele foi dada ao comentar a possibilidade de o baiano Augusto Aras ser escolhido procurador-Geral da República. O subprocurador é considerado o favorito do presidente Jair Bolsonaro para a chefia do Ministério Público Federal (MPF). 

Neto se mostrou entusiasta do nome de Aras para o posto, mas ponderou que o novo PGR deve ter uma “conduta muito cuidadosa.” Ao falar sobre os “excessos”, no entanto, o prefeito não enumerou quais foram eles e a quem estaria se referindo. 

“Veja: eu sou a favor que se investigue tudo, que se devasse tudo, de Lava Jato. Agora, não sou a favor de arbitrariedades. A gente tá vendo aí que foram cometidos excessos, que funcionários públicos exorbitaram de suas funções. Eu acho que mais do que tudo no país é preciso ter segurança jurídica, não só para quem tá em Brasília, mas para todo mundo, qualquer cidadão. Do menor para o maior. Espero que qualquer que seja o procurador tenha isso”, defendeu o prefeito, durante evento de lançamento da pedra fundamental das obras do Hospital Mater Dei, na capital baiana. 

Ainda segundo o prefeito, a indicação do baiano seria “muito boa” porque o estado, na avaliação dele, está pouco representado nas principais do Judiciário, como o Supremo Tribunal Federal (STF) e Superior Tribunal de Justiça (STJ). 

“Claro que essa decisão [de escolher o PGR] cabe ao presidente da República, mas aí vou dar uma declaração meio bairrista: se pudéssemos ter um baiano procurador-geral da República, seria muito bom. Até porque a Bahia está sub-representada nas principais instâncias do Poder Judiciário. Apesar de não ter uma relação íntima com o doutor Augusto Aras, sei e reconheço a grande qualidade do jurista que é e do trabalho que faz. Será, se for escolhido, um grande procurador, sem dúvida”, disse. 

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