Justiça

MPF acusa ‘cônsul’ de tentar transferir veículos de luxo para a embaixada da Guiné-Bissau

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Adailton Maturino foi preso na última semana no âmbito da Operação Faroeste  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 29/11/2019, às 10h28   Redação BNews


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O Ministério Público Federal (MPF) acusa o auto-intitulado cônsul da Guiné-Bissau, Adailton Maturino dos Santos, de tentar transferir a propriedade de veículos de luxo para a embaixada do país. A denúncia foi mencionada na decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), expedida, nesta sexta-feira (29), pelo ministro Og Fernandes.

O investigado foi preso na última semana, no âmbito da Operação Faroeste, deflagrada pela Polícia Federal para apurar supostos crimes de venda de decisões judiciais envolvendo magistrados do tribunal baiano.

Ainda segundo denúncia do MPF, os veículos eram dos modelos Porsche Cayenne, Porsche Panamaera, Mercedez Benz AMG, Ford Ranger, Jeep Renegade. O órgão federal também afirmou que a transferência dos carros seria uma tentativa de Adailton se tornar diplomata e ficar imune ao sistema penal brasileiro.

A Operação Faroeste ainda localizou "farta documentação" no escritório da mulher de Adailton, Geciane Maturino, que sugere lavagem de dinheiro, com movimentações bancárias de dezenas de milhões de reais”.

Em cumprimento a mandados de busca e apreensão, a equipe da polícia federal também encontrou diversos contratos entre “Geciane Maturino Sociedade de Advocacia” e a “JJF Holding” em valores milionários, além de uma "engenharia financeira" que sugere que a holding transferia valores para Geciane como se fosse empréstimos.

Na decisão mais recente, o ministro Og Fernandes determinou a prisão da ex-presidente do TJ-BA Maria do Socorro Barreto Santiago e converteu as prisões temporárias cumpridas na semana passada em preventivas

Defesa
Em comunicado feito pela defesa de Adailton e de Geciane, assinado pelos advogados Miguel Pereira Neto e Sóstenes Carneiro Marchezine, traz que, “ao contrário da hipótese do Ministério Público Federal (MPF), eles seriam vítimas da atuação estruturada de grileiros profissionais que, há décadas, atuam no oeste baiano”.

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