Justiça

Irmão da chefe do MP-BA nega "qualquer articulação" com desembargadora presa na Operação Faroeste

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Ela, que segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR) tentou destruir provas por meio do contato com funcionários do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), citou o advogado em conversa gravada  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 29/11/2019, às 19h38   Redação BNews


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O advogado Pedro Lousado, irmão da chefe do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Ediene Lousado, negou "qualquer articulação", como mesmo definiu, com a desembargadora Maria do Socorro Santiago, presa na manhã desta sexta-feira (29) na Operação Faroeste.

Ela, que segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR) tentou destruir provas por meio do contato com funcionários do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), citou o advogado em conversa gravada. Ela pede uma reunião com Pedro Lousado, que, de acordo com ela, acompanha as investigações.

Em nota enviada à imprensa, o advogado afirma que substituiu o advogado Walter Moura, que mora em Brasília, e acompanhou a busca e apreensão na casa de Socorro no último dia 19, a pedido do próprio colega.

"O que é comum e inerente à atividade da advocacia. Pontua, ainda, que inexistiu qualquer articulação por parte do advogado com a Desembargadora Maria do Socorro Santiago, pois, importante que seja reforçado, ele não era e nunca foi constituído para patrocinar sua defesa", diz um trecho da nota.

A Operação Faroeste investiga um esquema criminoso de venda de sentenças e benefício à grilagem de terra no oeste baiano, por meio de desembargadores e juízes do TJ-BA. 

De acordo com a investigação, ela movimentou cerca de R$ 17 milhões entre 2013 e 2019, parte dos valores sem origem comprovada.

Confira abaixo nota do advogado na íntegra:

Operação Faroeste

O advogado Pedro Lousado, regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Bahia (OAB/BA), em razão de notícias divulgadas em veículos de comunicação nesta data, 29 de novembro de 2019, vem a público informar que, no último dia 19, diante da impossibilidade de comparecimento do advogado Walter Moura, que reside em Brasília, à residência da sua cliente, Desembargadora Maria do Socorro Santiago, e atendendo ao pedido dele, compareceu à residência da magistrada com o único e exclusivo objetivo de acompanhar a busca e apreensão que ali estava sendo realizada pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal em razão da deflagração da “Operação Faroeste”, o que é comum e inerente à atividade da advocacia. Pontua, ainda, que inexistiu qualquer articulação por parte do advogado com a Desembargadora Maria do Socorro Santiago, pois, importante que seja reforçado, ele não era e nunca foi constituído para patrocinar sua defesa. Por fim, informa que jamais utilizou do expediente de articulação com quem quer que seja, pois desenvolve as suas atividades profissionais pautado na ética e na decência.

Classificação Indicativa: Livre

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