Justiça

TJ-BA pede ao CNJ mais prazo para se adequar ao juiz das garantias

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Presidente eleito para biênio 2020/2022 afirma que lei tem dois lados  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 13/01/2020, às 11h08   Yasmin Garrido


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O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) foi um dos que pediram ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a ampliação do prazo que a implementação do juiz das garantias. O presidente eleito para o biênio 2020/2022, Lourival Trindade, afirmou que viu com "muita perplexidade, titubeio e muita preocupação" a data estipulada pelo órgão - 23 de janeiro - para o início da vigência da norma.

No entanto, apesar de defender maior prazo, o desembargador disse que é a favor da medida. “A lei tem um lado bom, que foi trazer para o nosso ordenamento jurídico o juiz garantidor, mas por outro lado terá essas dificuldades. Vamos correr contra o tempo, mas estamos comprometidos a criar as condições", destacou em entrevista à Folha de S. Paulo nesta segunda-feira (13).

Assim como o TJ-BA outras cortes alegam necessidade de maior tempo para se adequar às implicações do juiz das garantias. Um dos argumentos é a necessidade de tempo para a inclusão de novas despesas em previsões orçamentárias a mudanças legislativas estaduais.

A Procuradoria-Geral da República enviou, no último dia 9 de janeiro, um memorando ao CNJ com a compilação dos pedidos das cortes brasileiras. O juiz das garantias será responsável por acompanhar os inquéritos, analisando pedidos de quebra de sigilo e de prisão provisória, por exemplo, até o recebimento da denúncia.

A principal dúvida entre os tribunal é como o modelo vai funcionar sem novos custos nas comarcas com um único juiz, que correspondem, segundo o CNJ, a aproximadamente 20% da Justiça estadual no país.

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