Justiça

Odebrecht: MPF recorre de decisão da Justiça Federal no caso Piloto

Agência Brasil
Pedidos são para condenação, aumento de penas e mudança de regime  |   Bnews - Divulgação Agência Brasil

Publicado em 11/02/2020, às 08h15   Redação BNews


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A força-tarefa da Lava Jato no Paraná recorreu, nesta segunda-feira (10), de sentença proferida pela Justiça Federal, que julgou parcialmente procedentes as acusações feitas em 2018 sobre o pagamento de propina pela Odebrecht que favoreceu integrantes do governo de Carlos Alberto Richa, o Beto Richa.

No recurso, o Ministério Público Federal (MPF) pediu a condenação pelo crime de lavagem de dinheiro de Adolpho Julio da Silva Mello Neto, Deonilson Roldo e Jorge Theodócio Atherino, absolvidos anteriormente; o aumento de pena das condenações de Roldo e Atherino, além de solicitar aumento da pena de multa e fixação do regime inicial fechado para Jorge Atherino.

A Lava Jato ainda pediu aumento da pena privativa de liberdade para os crimes de corrupção passiva e fraude à licitação para Roldo e de corrupção passiva para Atherino.

"A condenação de diversos agentes públicos e privados ligados ao caso que envolve a concessão da PR-323 é muito significativa, pois passa a mensagem que o Estado brasileiro não tolera práticas que deturpam a livre concorrência e a corrupção no setor de infraestrutura, desaconselhando os operadores deste setor a agir em desconformidade com as regras legais”, destacou o procurador da República e membro da Lava Jato, Alexandre Jabur.

Em 22 de janeiro deste ano, o ex-chefe de gabinete de Beto Richa, Deonilson Roldo foi condenado à pena de 10 anos e 5 meses de regime inicial fechado pela prática dos crimes de corrupção passiva e fraude à licitação, além de pagamento de multa.

Já o empresário Jorge Theodócio Atherino, operador financeiro do grupo político que comandava o estado do Paraná, também foi condenado pela prática do crime de corrupção passiva.

O juiz aplicou para ele a pena de 4 anos, 9 meses e 15 dias, para cumprimento em regime inicial semiaberto, além de pagamento de multa. Ambos foram absolvidos das imputações do crime de lavagem de dinheiro.

Ainda foram condenados executivos e funcionários do Grupo Odebrecht, denunciados pelo MPF e considerando a colaboração no caso.

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