Justiça

Toffoli dá prazo de 48 horas para que juíza se manifeste sobre acesso negado a delações contra Aécio

Nelson Jr/ SCO/ STF
O parlamentar está sendo investigado por corrupção e peculato  |   Bnews - Divulgação Nelson Jr/ SCO/ STF

Publicado em 28/07/2020, às 19h42   Redação BNews


FacebookTwitterWhatsApp

Após a defesa do deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) afirmar que não conseguiu acesso aos processos que envolvem o político, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, deu 48 horas para que a juíza responsável pelo caso na Vara de Inquéritos Policiais da Comarca de Belo Horizonte se manifeste.

O advogado do deputado reclamou que foi negado o acesso aos depoimentos de diretores da OAS e da Santa Bárbara Engenharia e, por isso, pediu que o STF suspenda o testemunho marcado para 6 de agosto. O parlamentar está sendo investigado por corrupção e peculato.

“O depoimento está designado para a próxima semana, dia 6 de agosto, havendo risco concreto de ser submetido ao constrangimento ilegal de ser inquirido sem ser-lhe franqueado acesso às provas que compõem o inquérito policial”, disse a defesa de Aécio. 

De acordo com a CNN, o fato de não haver nenhuma diligência em andamento, mesmo as delações tendo sido homologadas “há tempos”, e o inquérito policial ter sido relatado com a determinação de indiciamento foram mencionados pelo representante do deputado. “A única diligência faltante é a oitiva de Aécio Neves, o qual tem o direito de ter acesso, previamente, a todas as provas colhidas e diligências já realizadas”, alegou. 

Os delatores contaram que Aécio teria sido beneficiado, através de recursos de caixa dois, em suas campanhas eleitorais. Os executivos da OAS também fazem acusações de propina para a construção da Cidade Administrativa, nova sede do governo mineiro. A obra, que custou R$ 1,7 bilhão, foi uma das principais intervenções da gestão do político em MG. 

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp