Justiça

Operação Hidra: Policiais cumprem buscas em Feira de Santana

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e acordo com a Polícia Federal, agências bancárias e empresas privadas são alvos de fiscalizações na cidade  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 14/10/2020, às 11h06   Redação BNews


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A força-tarefa coordenada pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA) e pelas secretarias estaduais da Fazenda e da Segurança Pública também cumpre mandados em Feira de Santana, a cerca de 100 quilômetros de Salvador, na manhã desta quarta-feira (14). Denominada Hidra, a operação investiga uma organização do ramo atacadista acusada de sonegação. De acordo com a Polícia Federal, agências bancárias e empresas privadas são alvos de fiscalizações na cidade.

Ao todo, oito mandados de prisão e 19 de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Salvador, Camaçari, Feira de Santana e São Gonçalo dos Campos, além de Itajaí, em Santa Catarina.

Um empresário baiano foi preso nesta manhã em Praia do Forte, alvo da operação. Conforme informações apuradas pelo BNews, o empresário é Luiz Paulo Dantas Monteiro, dono de um apartamento no Edifício Trapiche, no Comércio, que também é alvo de busca e apreensão. 

De acordo com informações do MPBA, a organização utilizava laranjas, simulações sucessivas nos contratos sociais, compras em nomes de terceiros e empresas “noteiras”, constituídas apenas para emitir notas fiscais frias, entre outras fraudes, para evasão de receita e sonegação fiscal, chegando a acumular R$ 75 milhões em dívidas tributárias. A prática foi identificada pela Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (Sefaz-BA).

Prática

Ainda de acordo com informações do órgão, em dez anos, o grupo constituiu mais de 15 empresas tendo à frente um empresário e seu sobrinho, que atuaram como sócios ocultos nos empreendimentos comerciais, utilizando familiares, empregados e terceiros para expandir os negócios. 

Essas empresas passaram por fiscalizações que resultaram na lavratura de autos de infração em razão de prática de sonegação fiscal. "Na medida em que as empresas devedoras tiveram suas atividades paralisadas, surgiram outras que deram continuidade aos negócios, com as mesmas práticas delituosas", explicou, em nota, o MPBA.

Com o produto da sonegação fiscal, o grupo adquiriu automóveis de luxo, imóveis, lanchas e motos aquáticas. Todos os bens identificados até o momento foram objeto de sequestro já determinado pela Justiça a pedido da força-tarefa e servirão ao ressarcimento aos cofres públicos.

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