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Polícia Civil abre processo disciplinar e renova por mais 60 dias afastamento de delegada Maria Selma

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Delegada-geral determinou abertura de processo administrativo para apurar os fatos  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 27/03/2021, às 09h02   Yasmin Garrido


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A delegada-geral da Polícia Civil, Heloísa Campos de Brito, determinou a abertura de processo administrativo disciplinar contra a delegada Maria Selma, acusada de práticas ilícitas enquanto esteve à frente de delegacias da capital baiana. Em consequência, também foi renovado por mais 60 dias o afastamento dela das funções, sem prejuízos à remuneração.

A abertura do procedimento foi publicada, neste sábado (27), no Diário Oficial do Estado da Bahia, e trata de uma fraude supostamente cometida pela delegada na emissão de um falso auto de entrega de um veículo de placa clonada, embora a dona, de fato, do carro nunca tivesse comparecido à delegacia, uma vez que o veículo original nunca havia sido roubado.

Ainda segundo publicação, “a servidora acusada teria alterado, de forma fraudulenta, os fatos noticiados na 16ª DT da Pituba”, registrado no Boletim de Ocorrência tipificando a conduta como crime de extorsão, para beneficiar duas pessoas flagradas furtando um Fiat Uno, sendo que, com elas, foi encontrado o veículo da placa clonada.

De acordo com a delegada-geral, Maria Selma teria instaurado, de forma fraudulenta, um inquérito policial para apurar os fatos em questão, que jamais foi concluído nem encaminhado ao Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA). A abertura do processo administrativo também descreve que “a suposta extorsão não foi comunicada à Corregedoria da Polícia Militar”.

Na mesma publicação deste sábado (27), há menção a um relacionamento afetivo mantido entre a delegada Maria Selma e a pessoa de iniciais P.I.M.D, neste caso, o assaltante de banco e carro Pedro Ivan.

A Polícia Civil afirmou que as condutas imputadas à Maria Selma, se comprovadas, configuram infrações disciplinares, sendo necessário, em razão da gravidade dos fatos, o afastamento preventivo dela por 60 dias, prazo dado para a conclusão das investigações.

Como a servidora foi afastada das funções por 30 dias em 25 de fevereiro deste ano, ao todo, ela ficará longe do cargo por, pelo menos, 90 dias. À época, ela afirmou que o afastamento não passava de "trâmites normais".

Leia nota enviada pela Polícia Civil:
A Corregedoria da Polícia Civil (Correpol) instaurou Processo Administrativo Disciplinar para apuração de suposta irregularidade funcional atribuída a uma servidora, pela suspeita de falso ato de entrega de veículo com placa clonada. A prorrogação do afastamento refere-se a um desdobramento decorrente da Lei Orgânica da Polícia Civil, para continuidade da apuração.

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