Política

PF pediu busca e apreensão na casa de chefe da Secom, mas PGR impediu

Marcos Corrêa/PR
Há a suspeita de que o governo federal, por meio da Secom, repassava de forma indireta dinheiro de publicidade para páginas bolsonaristas que estimularam atos antidemocráticos  |   Bnews - Divulgação Marcos Corrêa/PR

Publicado em 26/02/2021, às 14h44   Redação BNews


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O empresário Fabio Wajngarten, chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), é investigado pela Polícia Federal (PF) no inquérito sobre financiamento e organização de atos antidemocráticos e chegou a ser alvo de um pedido de busca e apreensão no final de julho de 2020, mas a Procuradoria-Geral da República (PGR) foi contra.

De acordo com a coluna Painel, da Folha de S.Paulo, a Procuradoria, comandada por Augusto Aras, se manifestou contra a solicitação dos investigadores, que acabou não ocorrendo.

A equipe de Aras argumentou que não havia lastro mínimo concreto que justificasse ter acesso à residência de Wajngarten e que as buscas poderiam ser substituídas por medidas menos invasivas.

Ainda segundo a matéria, a PF também pediu buscas e apreensão na sede da Secom, que fica localizada no Ministério das Comunicações. A PGR também foi contra.

Repasse

Há a suspeita de que o governo federal, por meio da Secom, repassava de forma indireta dinheiro de publicidade para páginas bolsonaristas que estimularam atos antidemocráticos.

Em novembro, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou a resposta da PGR para a PF opinar. A delegada do caso então se posicionou no sentido de não ser mais necessária a diligência pelo tempo que já havia passado, de mais de quatro meses.

Ainda de acordo com a coluna, a PGR argumentou que até ali não havia provas contra os agentes públicos e indicou a necessidade de a delegada primeiro realizar outros tipos de diligências, além de analisar os materiais que tinham sido coletados nas buscas anteriores.

A suspeita sobre Wajngarten é de que ele teria repassado informações enviadas pelo Google ao governo federal para Allan dos Santos, responsável pelo site Terça-Livre, que também é investigado no inquérito.

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