Política

TCU investiga atraso na vacinação contra a Covid-19 por ataques de Bolsonaro contra China

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China é a principal exportadora do insumo necessário para produzir os imunizantes contra a Covid-19  |   Bnews - Divulgação Marcos Corrêa/PR/Divulgação

Publicado em 12/05/2021, às 17h49   Redação BNews


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O Tribunal de Contas de União (TCU) junto com a Procuradoria da República pediram que fossem adotadas medidas para analisar possíveis atrasos no Plano Nacional de Vacinação (PNI) contra o coronavírus por causa dos ataques do presidente Jair Bolsonaro contra a China, que é a principal exportadora do insumo necessário para produzir os imunizantes contra a Covid-19.

Segundo a Veja, o sub-procurador geral Lucas Rocha Furtado solicitou que o TCU elabore medidas com o objetivo de obter explicações, em 48 horas, do Ministério da Saúde e o Ministério das Relações Exteriores sobre os efeitos negativos causados pelas, segundo o procurador, “agressões do Presidente da República àquele país”.

Recentemente, Bolsonaro mentiu ao dizer que a pandemia da Covid-19 é resultado de uma “guerra biológica” provocada pela China: “É um vírus novo, ninguém sabe se nasceu em laboratório ou nasceu por algum ser humano ingerir um animal inadequado. Mas está aí. Os militares sabem o que é guerra química, bacteriológica e radiológica. Será que não estamos enfrentando uma nova guerra? Qual o país que mais cresceu o seu PIB? Não vou dizer para vocês”, afirmou o presidente na última quarta-feira (5), se referindo à China, que apresentou crescimento no Produto Interno Bruto (PIB) durante a pandemia. 

Se os ministérios não responderem aos questionamentos do TCU, Lucas Rocha Furtado afirmou que deveria ser elaborada uma força tarefa com o Congresso e o Judiciário para negociar com a China e garantir a entrega do insumo necessário para produção de imunizantes, o IFA. 

O Instituto Butantan vai parar de produzir a vacina CoronaVac por causa da falta da matéria-prima que viriam da China. A informação foi dada pelo governador de São Paulo, João Doria, nesta quarta-feira (12). De acordo com a Veja, ele informou que o atraso na entrega dos insumos ocorre em decorrência das falas de Bolsonaro, dos filhos e do ministro Paulo Guedes contra a China

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