Política

Advogado diz que CPI tenta responsabilizar "exclusivamente" Pazuello pelas mortes por Covid

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No texto do habeas corpus , o defensor classificou o fato como uma das “maiores covardias que se pode presenciar na história" brasileira  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Erasmo Salomão/MS

Publicado em 13/05/2021, às 19h00   Redação BNews


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O advogado Rafael Mendes de Castro Alves, que protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido liminar para que o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello possa permanecer calado durante as indagações dirigidas pelos senadores membros da CPI da pandemia, acredita que no âmbito da comissão existe a tentativa de imputar "exclusivamente a um único brasileiro" as mortes ocasionadas pela pandemia no País. 

No texto do habeas corpus ao qual o BNews teve acesso no final da tarde desta quinta-feira (13), o defensor classificou o fato como uma das “maiores covardias que se pode presenciar na história" brasileira.

"[...]Desde a inauguração da CPI, com a formação de sua presidência, vice-presidência e relatoria, desenha-se, aparentemente, de forma quase exclusiva e direcionada em desfavor do ora paciente, verdadeira 'covardia jurídica' para tentar atribuir a um único cidadão brasileiro a responsabilidade pela morte de mais de 400 mil brasileiros, vítimas do coronavírus", reclama.

Originalmente, o ex-ministro deveria ter prestado seu depoimento no último dia 5 mas acabou não comparecendo sob a justificativa de que havia estado com dois assessores que acabaram testando positivo para Covid-19. A partir do episódio seu depoimento foi agendado para a próxima quarta (19).

Apesar de ter alegado que precisava permanecer em isolamento, no último dia 6,  Pazuello recebeu a visita presencial do ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Onyx Lorenzoni (DEM). 

Antes de alegar o motivo para não comparecer, em 25 de abril, Pazuello foi flagrado sem máscara durante passeio em um shopping de Manaus, capital do Estado do Amazonas que viveu um colapso de seu sistema de saúde no início do ano, marcado pelo desabastecimento de oxigênio.

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