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PGR reabre inquérito contra Rodrigo Maia sobre supostos pagamentos recebidos de empreiteira

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PGR pediu ao STF para unificar duas investigações contra o deputado - uma delas arquivada pela ex-procuradora-geral Raquel Dodge, antecessora de Augusto Aras   |   Bnews - Divulgação Reprodução/Lula Marques

Publicado em 31/10/2020, às 11h51   Redação BNews


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A Procuradoria-Geral da República (PGR) decidiu unificar e reabrir duas investigações sobre supostos pagamentos da empreiteira OAS ao presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM).

As informações são do jornal O Globo deste sábado (31). O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a empreitada e determinou na última quinta-feira (29) o envio dos autos à Polícia Federal para a reabertura das investigações contra o presidente da Câmara. 

O caso tramita sob sigilo. Dois inquéritos na corte apuraram suspeitas de repasses da OAS a Maia, e um deles se baseia em trocas de mensagens entre o parlamentar e o ex-presidente da empreiteira, Léo Pinheiro. 

A Polícia Federal concluiu essa investigação em 2017 e apontou a existência de indícios do crime de corrupção passiva envolvendo Maia, acusando-o de beneficiar a OAS em uma medida provisória em troca do recebimento de doações eleitorais.

A equipe da então procuradora-geral da República Raquel Dodge chegou a deixar uma minuta de denúncia a ser apresentada ao Supremo pronta mas deixou o caso parado para uma decisão de seu sucessor.

Um segundo inquérito, com base na delação premiada de funcionários do setor de contabilidade paralela da empreiteira, foi arquivado por Dodge. No início deste ano, a PF enviou um ofício a Fachin afirmando ter encontrado novos indícios sobre o caso.

Assim, o ministro intimou  procurador-geral da República Augusto Aras sobre o assunto. Em manifestações feitas entre maio e junho, a equipe de Aras solicitou que o inquérito não só fosse desarquivado, como também unificado à  outra investigação. Foi solicitado ainda que a PF realizasse novas diligências.

Fachin autorizou as solicitações. A publicação procurou Maia, por meio da sua assessoria de imprensa, mas não recebeu qualquer manifestação do parlamentar até a veiculação do texto.

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