Eventos / Lavagem do Bonfim

Manuela vê aproximação de frentes de esquerda e diz que Lula é "capaz de unir o povo brasileiro"

Vagner Souza/ BNews
Para a comunista, o povo baiano "ensina" o país polarizado, ao caminhar unido para "pedir coletivamente as bençãos" do santo   |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/ BNews

Publicado em 16/01/2020, às 13h08   Bruno Luiz e Luiz Felipe Fernandez


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Candidata derrotada à vice-presidente em 2018 na chapa com Fernando Haddad, Manuela D'Ávila (PCdoB) marcou presença nesta quinta-feira (17), na Lavagem do Senhor do Bonfim. Para a ex-deputada, a capital baiana surpreende com a popularidade da festa, capaz de unir diferentes pessoas e alas políticas.

Para a comunista, o povo baiano "ensina" o país marcado pela polarização, ao caminhar unido para "pedir coletivamente as bençãos do Senhor do Bonfim".

"O dia de hoje também nos ensina, em que o povo baiano, que a cidade de Salvador, marcha unida. Como é impressionante no Brasil de hoje, Salvador se reúna toda e venha pedir coletivamente as bençãos do Senhor do Bonfim. Isso é uma prova de resisência aos tempos de ódio no Brasil", disparou.

Pré-candidata à prefeitura de Porto Alegre, Manuela analisou o primeiro ano de mandato do governo Bolsonaro. Segundo ela, o capitão faz um "esforço contínuo" pela destruição do país e em fazer vigorar o "governo do ódio".

"O governo busca destruir isso, e ao mesmo tempo destruir nossas afetividades, as nossas relações. É o governo da violência, do ódio, que prega divisao do nosso povo, que estimula que odiemos permanentemente uns aos outros", sustenta.

Diferentemente da opinião de setores populares, Manuela não crê na dificuldade de unir as frentes de esquerda, apontado por muitos como o motivo da vitória de Bolsonaro. Questionado pelo BNews se não há uma demora na reação, mesmo após a soltura do ex-presidente Lula, a comunista acredita que as "diferenças estão sendo superadas".

Em sua segunda participação consecutiva na Casa da Mídia Ninja em Salvador, ao lado da pré-candidata do PCdoB, Olívia Santana, que ocorreu nesta quarta-feira (16), Manuela diz ter comprovado a sua tese.

"A prova real de que as nossas diferenças estão sendo permanentemente superadas são os grandes encontros que promovemos entre nossa militância. Por exemplo, eu e Olivia ontem conversamos com uma plateia lotada, em um auditório que não comportava todas as pessoas presentes. Aquelas pessoas não eram do PCdoB apenas, eram pessoas que representam um sentimento na sociedade [...] que nao querem que o Brasil vá pra o buraco que o Bolsonaro quer jogar", reflete.

Ela acredita que a figura do ex-presidente continua de suma importância para buscar esta unidade, que extrapola os ninchos da própria esquerda: "Lula é capaz de unir o povo brasileiro, além das fronteiras do nosso pensamento".

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