Manifestação

Mães e pais que tiveram filhos assassinados protestam contra a impunidade em ato na Barra

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Manifestação contará com caminhada e ação simbólica nas imediações do Farol  |   Bnews - Divulgação Reprodução (Ilustrativa)

Publicado em 26/08/2018, às 04h00   Vinícius Ribeiro


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Uma manifestação será realizada na manhã deste domingo (26), no bairro da Barra, em Salvador, em protesto contra o elevado número de homicídios envolvendo crianças e adolescentes na Bahia. De acordo com os organizadores do ato, a concentração terá início às 9h, no Morro do Cristo. 

Do local, mães e pais que tiveram filhos assassinados sairão em caminhada até o Farol da Barra. O ato, cujo o lema é "Justiça lenta é injustiça", é organizado pelo Centro de Defesa da Criança e do Adolescente Yves de Roussan (Cedeca) e pela Rede de enfrentamento as violências contra crianças e adolescentes (Cria, CREAS, Plan International Brasil, CESE e Grupo de Pais Pela Vida).

De acordo com o Cedeca, será realizada, ainda, uma instalação artística, quando as comunidades participantes fincarão 100 cruzes de madeira nas imediações do Farol, a fim de retratar um cemitério e provocar na população indagações sobre os altos índices de mortalidade e crescente impunidade.

CHACINA NO LOBATO - O dia 26 de agosto foi escolhido como símbolo de luta devido uma chacina que vitimou três adolescentes e um jovem em 1993, no bairro do Lobato, tendo como autores um policial militar e um agente ferroviário, os quais cumpriram apenas sete anos de reclusão. Em novo julgamento realizado em abril de 2011, apenas o agente ferroviário foi condenado a cumprir pena de 36 anos. 

HOMICÍDIOS E IMPUNIDADE - Na última quinta-feira (23), o seminário "A quem cabe a culpa?", realizado na Câmara Municipal, discutiu temas relacionados ao 26 de agosto - Dia Estadual de Enfrentamento aos Homicídios e a Impunidade. Na oportunidade, parentes de vítimas e representantes do Poder Público debateram a problemática e compartilharam relatos. 

Dentre os componentes da mesa estava Maria Angela de Jesus, mãe da menina Geovanna da Paixão, morta aos 11 anos, em janeiro deste ano, em uma ação policial no bairro de Santo Inácio. As mortes relacionadas ao tráfico de drogas também foram abordadas durante o evento.  

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