Meio Ambiente

Filhote de tamanduá se adapta com veterinários após mãe morrer atropelada

Publicado em 27/01/2017, às 21h18   Tony Silva


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O trabalho voluntário de uma equipe de veterinários conseguiu reverter o que seria um destino trágico do filhote da espécie “Tamanduá Mirim”, também conhecido como “Tamanduá colete” ou “Mixila”, de nome científico Tamanduá Tetradactyla. Ele foi encontrado após a mãe ser atropelada em uma rua de um vilarejo do município de Santo Amaro da Purificação, no recôncavo baiano, no dia 20 de dezembro do ano passado. Quando foi resgatado o bicho estava com três meses de vida. Ele foi encontrado com ferimentos e bastante debilitado, o que diminuiu as chances de sobrevivência do animal. 

Após resgatado, o tamanduá foi encaminhado pela estudante de medicina veterinária Priscila Amorim e a veterinária Neusa para a clínica Dr. Zoo, localizada em Vilas do Atlântico, na cidade de Lauro de Freitas, onde a especialista em animais silvestres, Renata Del Bianco e sua equipe deram os primeiros socorros e iniciaram a reabilitação do animal. Na próxima segunda-feira (30) ele será levado para o zoológico de Salvador.

Segundo Priscila Amorim, que também faz parte da equipe da clínica Dr. Zoo, responsável pela a iniciativa voluntária, as chances de sobrevivência do animal eram mínimas. “Um filhote de tamanduá só se desprende das costas da mãe após um ano. Esse é um caso raro, pois com apenas três meses esse filhote foi retirado de uma forma agressiva e ainda saiu ferido. A tendência seria que ele não sobrevivesse, pois nesses casos, esses animais passam por um processo de depressão e morrem. Incrivelmente ele nos adotou como família e reagiu bem”, comenta.

Ainda segundo os veterinários, a alimentação foi um dos grandes desafios para manter a recuperação do tamanduá. O animal foi bem alimentado pela equipe de voluntários a partir de uma receita que deu certo. Foi usada uma mistura leite zero lactose, carne moída, fruta, iogurte e papinha de bebê feita de verduras. Hoje o filhote apresenta melhoras significativas. Cresceu e ganhou peso, saiu de 500 para 850 gramas. Chegou com 15 centímetros e já está com 30 cm e está ambientado com a família que ele adotou. 

Após um mês e meio de tratamento, o tamanduá terá que se despedir da famíla adotada por ele, os veterinários. Ele será levado para o zoológico de Salvador, no bairro da Ondina na próxima segunda-feira (30). “O animal está apto a conviver com as outras espécies. Ele ficará com outros filhotes de tamanduá que equipes do zoológico também acompanha”, afirma Amorim.

Classificação Indicativa: Livre

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