Meio Ambiente

Incêndio ainda não controlado na Chapada

Janio Gleidson - Sergio Carvalho
Brigadistas reclamam da falta de equipamentos e o difícil acesso aos focos  |   Bnews - Divulgação Janio Gleidson - Sergio Carvalho

Publicado em 01/11/2012, às 16h21   Tony Silva


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Um incêndio que começou no dia 19 deste mês já tomou conta de vários municípios da região do Parque Nacional da Chapada Diamantina. Segundo informações de Janio Gleidson, presidente da Brigada do Resgate Ambiental de Lençóis (BRAL), incêndios como esse acontecem todos os anos nesse período, mas com a intensidade que vem acontecendo, ele nunca presenciou. Janio tem 17 anos de combate a incêndios na região.


O fogo com a extensão de 30 quilômetros entre Itaipê e Mucugê, que é uma Área de Proteção Ambiental (APA), ainda não está controlado.

Janio diz que faltaram materiais para os brigadistas como: roupa anti-chamas, óculos de proteção, abafadores e bombas-d’água. A maior dificuldade citada por ele foi a difícil locomoção até os focos de incêndio.


O secretário de Meio Ambiente do Estado, Eugênio Spingler, informou que enviou dois helicópteros com alimentos, água e equipamentos e mais dois que chegam nesta quinta-feira (1º), além de 100 homens do corpo de bombeiros e 550 brigadistas.




Os combatentes de incêndio reclamam da falta de estrutura e calculam que, se o governo tivesse enviado o helicóptero no início do incêndio, o mesmo teria sido controlado e não teria gerado tanto custo. Ainda segundo eles. O governo desmembrou uma verba de 6 milhões para o combate, mas contestam a aplicação desse recurso, tendo em vista a falta de materiais e transporte para o foco do incêndio.




As informações do presidente da (BRAL) dão conta de que até ontem haviam dois aviões e um helicóptero no combate, mas, os brigadistas avaliam como insuficiente.

Tanto o secretário de Meio Ambiente, quanto os brigadistas não conseguem estimar os prejuízos ambientais com o incêndio. Segundo Janio, a extensão desmatada pelo fogo e a quantidade de animais mortos, ainda é difícil de calcular. Entre os animais resgatados com queimaduras estão alguns tamanduás bandeira.




Os brigadistas atribuem acidentes ambientais como esse, a falta de medidas preventivas do governo, como: conscientização dos agricultores contra as queimadas, turistas que acendem fogueiras em acampamentos, cigarros ou até mesmo latas jogadas na mata que terminam agindo como lentes refletindo a luz do sol gerando chamas.



O secretário da pasta, Eugênio Spingler, comunicou que existe um trabalho contínuo de conscientização e sensibilização dos agricultores. Ele orienta também que qualquer pessoa pode cooperar comunicando aos bombeiros, polícia e defesa civil. Ele ainda informa que existe um trabalho de inteligência para inibir incêndios criminosos.   



Fotos: Sérgio Carvalho // Chapada Diamantina - Janio Gleidson // (BRAL)

Publicada no dia 01 de novembro de 2012, às 14h53

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