Na manhã deste sábado (10), vários moradores da cidade de Salvador compartilharam no Facebook sobre um forte mau cheiro que tomou conta de alguns bairros soteropolitanos. Na maioria dos relatos, eles comparavam o odor a cheiro de urina, enxofre, rato morto ou produtos químicos.Entre os que compartilharam o fato está o terapeuta transpessoal sistêmico, Jordam Campos. “Um onda de cheiro muito forte, meio azedo e quase sufocante invadiu meu sono, e ao acordar as 4:50 da madrugada notei que a casa estava empestiada por este cheiro. Notei que vinha de fora. Sou morador da Graça e minhas janelas dão para o Vale do Canela. Liguei para a portaria e o zelador disse que o tal cheiro estava em tudo lá por baixo. Liguei para o Corpo de Bombeiros e Polícia e disseram já terem várias ocorrências registradas, do Politeama, Graça, Barra... Na dúvida já estou a esta hora (6:00) na pituba. O odor nos causou fortes nauseas. Enfim... Narinas abertas e aviso repassado”, compartilhou na rede social na manhã de hoje.
Outra internauta, Valéria Álvares, também comentou a situação: “nossa, parece que foi na cidade inteira!!!! Moro ao lado do shopping barra e também acordei com este cheiro desagradável por volta das 5 h (sic)”, comentou. Moradores dos bairros da Federação, Costa Azul, Rio Vermelho, Cidade Jardim, Brotas e Campo Grande também confirmaram o mau cheiro. O Corpo de Bombeiros recebeu diversas chamadas sobre esse caso nesta madrugada.
Não é a primeira vez
Salvador já passou por uma situação semelhante em outras épocas, como no ano de 2009. No site do Instituto do Meio Ambiente (IMA) publicado que a capital baiana sofreu o fenômeno climático da "inversão térmica" que impede os poluentes de se dissiparem na atmosfera. O odor tem origem na poluição urbana, e na ocasião, foi descartada a possibilidade de ser resultado de emissões oriundas do Polo Petroquímico de Camaçari, região metropolitana de Salvador.
"O odor pode ter sido causado por fontes de emissões urbanas, principalmente veiculares, e de decomposição de esgotos a céu aberto, possivelmente potencializadas pelo fenômeno da inversão térmica e calmarias, na região de Salvador", dizia trecho da explicação.
Esse fenômeno ocorre quando há uma alteração brusca na temperatura. A camada mais fria desce e retém os poluentes, e a camada mais quente sobe, impedindo a dissipação dos agentes poluentes.
Foto: Arquivo // Bocão News
Publicada no dia 10 de maio de 2014, às 11h29
