Meio Ambiente

Presidente da Aesbe destaca importância da Bahia para setor de saneamento durante 2º Fórum Internacional Universalizar

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2º Fórum Internacional Universalizar acontece até esta sexta-feira (12), em Salvador  |   Bnews - Divulgação Beatriz Araújo/BNews
Beatriz Araújo

por Beatriz Araújo

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Publicado em 11/04/2024, às 19h35


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O presidente da Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe), Neuri Freitas, comentou sobre a relevância do estado da Bahia para o setor de saneamento básico. Durante o primeiro dia do 2º Fórum Internacional Universalizar, que acontece até esta sexta-feira (12), no Wish Hotel da Bahia, em Salvador, o também presidente da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) reconheceu a importância da extensão territorial e riquezas naturais da Bahia no que se refere aos recursos hídricos.

“O desafio aqui é muito grande porque o estado é muito grande. Há muitas cidades espalhadas, muita área rural. A Bahia, se a gente pegar biomas do Sul e do Norte, já é bem diferente. Os desafios aqui certamente são muito maiores que em outros estados, pelo tamanho e porte do estado”, informou Freitas em entrevista ao BNews.

Embasa

Embora reconheça os desafios do estado da Bahia para a ampliação do saneamento básico, o presidente da Aesbe avalia a atuação da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) como positiva neste propósito. “A Bahia é um estado gigantesco, mas a Embasa também é uma empresa muito grande, muito boa”, considerou.

“Acho que a Embasa está no caminho certo, está indo muito bem, está pensando uma série de proposições, inclusive pensando PPPs [Parceria Público-Privada], parceirizando com o privado para ajudar na universalização, buscando financiamentos, enfim, acho que está no caminho certo”, comentou o presidente.

2º Fórum Internacional Universalizar

Realizado pela primeira vez em Brasília, no ano passado, o Fórum Internacional Universalizar ganhou nova edição em 2024 e teve Salvador como a cidade escolhida para sediar o evento. Com o tema “100 anos em 10: estratégias de investimentos para a universalização do saneamento”, o fórum iniciou nesta quinta-feira (11), com a presença de especialistas internacionais, presidentes das companhias estaduais de saneamento e alguns dos principais nomes do setor.

À reportagem, o presidente da Aesbe, responsável pela realização do evento, falou sobre a escolha da capital baiana para receber a segunda edição do fórum. "A gente precisava compartilhar aprendizados. A gente tem os países europeus já bem evoluídos nesse quesito de saneamento básico e esgotamento sanitário e seria muito importante trazer essas experiências, inclusive para conhecer experiências que não foram exitosas, aquelas que não foram muito boas e a gente tentar colher o que se tem de melhor e implantar aqui nas nossas associadas”, elencou.

“Em reunião, nós definimos Salvador, teve também uma receptividade da Embasa, no presidente Leonardo Góes, juntou muitos interesses nesse sentido, também gostamos da localização para o evento e hoje a gente está aqui debatendo tudo isso”, informou Freitas.

Universalização

Nos últimos tempos, muito tem se falado sobre universalização do saneamento básico no Brasil. Em termos gerais, a universalização significa ampliação progressiva do acesso de todos os cidadãos a saneamento básico, serviço considerado essencial para o bem-estar e a saúde.

“O prazo que a gente tem para universalizar, de 10 anos, é muito pouco. Parece muito tempo 10 anos, mas para o setor de saneamento, em que obras de esgoto demoram de 2 a 3 anos para serem executadas, é um tempo curto”, destacou o presidente da Aesbe.

“É um papo para descobrir coisas novas, deixar todo mundo com o mesmo conhecimento, para que a gente consiga até 2033 chegar na universalização”, completou.

Práticas ESG

Anfitriã do Fórum Internacional Universalizar, a Embasa é uma das companhias que marcam presença nesta segunda edição do evento. Atualmente, a empresa tem R$ 6,7 bilhões assegurados para inserir na Bahia, nos próximos anos, o maior plano de investimentos da sua história.

De acordo com Clécio Cruz, diretor técnico e de planejamento da Embasa, muito da ampliação do saneamento básico na Bahia é possível através das práticas ESG (sigla em inglês que se refere às práticas ambientais, sociais e de governança) adotadas pela companhia. "Se a gente for observar de uma maneira ampla, a Embasa é, literalmente, uma empresa ESG, na medida em que ela garante segurança hídrica e segurança sanitária para as pessoas”, informou ao BNews.

Uma das medidas adotadas pela Embasa no pilar ambiental foi a ampliação da cobertura de esgotamento sanitário na Bahia, realizada com o objetivo de garantir segurança sanitária à população.

Ainda no pilar ambiental, segundo Cruz, a Embasa adotou como prática ESG o desenvolvimento estratégias para combater a perda de água. “À medida que você reduz a perda de água, você está tornando o manancial menos estressado, você tira menos água da natureza e faz um uso racional de um recurso natural, que é a água. Depois, à medida em que você também reduz perdas, você aumenta a disponibilidade hídrica para a população e isso é muito importante porque garante segurança hídrica”, detalhou o diretor técnico.

“Do ponto de vista ambiental e do ponto de vista social, a gente pode verificar que a Embasa é uma empresa extremamente forte e está na vocação dela ser uma empresa ESG. E tudo isso é ornado por uma governança muito bem definida”, assegurou Cruz.

Classificação Indicativa: Livre

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