Coronavírus

Levantamento revela que hospitais privados de SP seguem com falta de oxigênio e kit intubação

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Pesquisa do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios de São Paulo (SindHosp) também revela que 79% das instituições estão com ocupação de UTIs acima de 80%  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Hélia Scheppa/SEI

Publicado em 03/05/2021, às 16h27   Redação BNews


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Um levantamento realizado pelo Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios de São Paulo (SindHosp) aponta que 98% das instituições hospitalares do Estado têm estoques de medicamentos do kit Intubação para menos de um mês de atendimento.

Deste total, 5% têm estoques para menos de uma semana, enquanto 32% tem para apenas uma semana, 7%, para dez dias, 28%, para 15 dias e 26%, para até um mês. As informações são da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de São Paulo. 

A publicação revela que a situação em relação ao oxigênio também segue crítica. Apenas 11% dos hospitais têm estoques para mais de um mês. Outros 89% têm oxigênio para um tempo menor - 22% têm estoque para menos de uma semana; 5% para uma semana; 30%, para dez dias; 4% para até 15 dias e 28% para até um mês.

As instituições enfrentam ainda problemas relacionados a falta de profissionais de saúde e de médicos. Dos 98 hospitais que participaram da pesquisa, e que têm 9.338 leitos clínicos e 4.242 leitos de UTIs, 54% dizem que faltam profissionais em seu atendimento Outros 53% afirmam que faltam médicos.

Dados do SindHosp mostram que 79% dos hospitais estão com ocupação de UTIs acima de 80%, e 33% dizem que ela está entre 91% e 100%, sendo que 4% têm fila de espera.

O presidente da organização, Francisco Balestrin, diz que há uma preocupação grande com as notícias de que faltam vacinas e que a imunização das pessoas segue em ritmo lento, no estado e no país.

Ele afirma que houve uma descompressão no ritmo de internações por conta da diminuição da circulação de pessoas, no mês passado. Mas a volta das atividades, combinada com a falta de imunizantes e a situação crítica dos hospitais, pode ser uma combinação explosiva.

"Com menos vacinas, haverá mais demora para vacinarmos toda a população. E nossos hospitais continuam no limite e sem condições de receber mais pacientes. Precisamos de tempo para reorganizar o sistema de saúde", avaliou em nota encaminhada à coluna.

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