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Ataque a jornal francês deixa doze mortos e dez feridos

Publicado em 07/01/2015, às 10h35   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



Um ataque promovido na manhã desta quarta-feira (7) contra um escritório do jornal satírico francês, Charlie Hebdo, deixou doze mortos e mais 10 feridos, segundo o Ministério Público de Paris. Os homens encapuzados invadiram a sede do jornal por volta das 11h30 (horário local), armados com um fuzil automático kalashnikov e um lança-foguetes, no 11º bairro de Paris.
Segundo fontes citadas pelos jornais Nouvel Observateur, Libération e Le Figaro, os dois homens que atacaram o jornal Charlie Hebdo, gritaram “vingamos o profeta”. A redação do jornal, publicado semanalmente, já tinha sido atacada em novembro de 2011, quando um incêndio de origem criminosa destruiu as suas instalações. 
O incidente ocorreu depois de o jornal publicar um número especial sobre as primeiras eleições na Tunísia após a destituição do presidente Zine el Abidine Ben Ali, vencidas pelo partido islâmico Ennahda, no qual o profeta Maomé era o “redator principal”.
Em um vídeo do ataque de hoje, filmado por um dos ocupantes do edifício que se refugiou num telhado e divulgou no site da televisão pública France Télévisions, ouve-se uma voz de homem gritar “Allahu Akbar” (Alá é grande) entre o som de vários disparos. No local, ocorreu uma troca de tiros com as forças de segurança.
Ao fugirem do local, os dois atacantes feriram um policial a tiro. Em seguida, abordaram um motorista que transitava no local, tomaram o veículo e, na fuga, atropelaram uma pessoa.
De acordo com a Agência Brasil, a Presidência francesa informou que o presidente, François Hollande, se dirigiu para o local e convocou uma reunião do gabinete de crise para às 15h de hoje (horário local). Já no local do atentado, Hollande concedeu uma entrevista coletiva.
"A França está em choque. Essa é uma operação terrorista, feita por terroristas, contra um jornal que já tinha sido ameaçado diversas vezes - e é por isso que temos de lhe dar a proteção que ele precisa", disse o presidente durante uma entrevista coletiva nesta quarta-feira (7). 
Hollande declarou ainda que ninguém na França pode pensar que é possível se comportar de uma forma que vá contra e prejudique o princípio da República: "Hoje eu penso nas vítimas - doze estão mortos, e quatro lutam por suas vidas. Nós devemos fazer o possível para descobrir os responsáveis por isso, e demonstrar que o país está unido neste momento". 
As autoridades elevaram o nível de alerta de segurança na região parisiense para o máximo. 

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