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Carrasco paquistanês confessa que executou mais de 200 diz que não sente nada

Publicado em 06/08/2015, às 19h25   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Após anúncio de fim de moratória de sete anos nas execuções no Paquistão no ano passado, o carrasco Sabir Masih paparazzi cercaram a casa do executor na cidade de Lahore. De acordo com matéria da BBC, publicada pelo site G1, o carrasco, de 32 anos, já havia dado entrevistas antes e nunca teve problemas em compartilhar suas opiniões sobre a retomada de execuções em seu país.

Ainda de acordo com a publicação, no Paquistão, há 8 mil pessoas no corredor da morte - mais do que em qualquer outro país do mundo. Desde dezembro, cerca de 200 foram executados, alguns por atos terroristas, outros por assassinato. Masih diz que já executou cerca de 60 pessoas em diversas prisões na Província de Punjab, desde que a pena de morte foi restabelecida.

No total, ele calcula que tenha executado mais de 200 desde 2007 e segundo a matéria da BBC, conta isso sem o menor sinal de arrependimento ou incômodo, seja em sua expressão facial ou nos seus gestos. A publicação pondera que o motivo disso talvez seja o fato de ele pertencer a uma família de carrascos. Como a maioria dos carrascos desde os tempos da dominação britânica, Masih é cristão.

Seus olhos são fundos, seus dentes são amarelados de tanto mascar tabaco e ele gagueja um pouco ao falar. Mas é uma pessoa esbelta e de traços faciais marcantes.

"Executar é a profissão da minha família. Meu pai era carrasco. Seu pai também era carrasco, assim como o pai dele e o avô, desde os tempos da Companhia Britânica das Índias Orientais (antiga empresa britânica de comércio com a Índia)."

Talvez seu antepassado mais famoso seja o irmão de seu avô, Tara Masih, que executou o premiê Zulfikar Ali Bhutto, em 1979.

Com esse histórico familiar, Sabir Masih é sempre questionado sobre como consegue dormir na noite anterior a uma execução ou se tem pesadelos depois. Também responde a perguntas sobre como se sentiu quando executou sua primeira vítima ou sobre como seu trabalho é visto por amigos e familiares. "Eu não sinto nada. É uma tradição familiar. Meu pai me ensinou como fazer o nó do enforcado e me levou com ele para presenciar algumas execuções quando eu estava para ser contratado."

Fonte: G1.

Classificação Indicativa: Livre

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