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Parte dos mineiros resgatados no Chile antecipa aposentadoria

Publicado em 03/07/2011, às 23h36   Redação Bocão News e Agências


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Quatorze dos 33 mineiros que ficaram presos por 69 dias no interior de uma galeria no norte do Chile pediram aposentadoria antecipada em consequência das sequelas físicas e psicológicas do incidente que já faz quase um ano. "Nos reunimos com eles em Santiago e Copiapó, e entre as demandas pediram pensões para 14 deles, os mais velhos e doentes que não têm condições de voltar a trabalhar", disse ao jornal "El Mercurio", Cristián Barra, assessor do Ministério do Interior.
O presidente Sebastián Piñera, que coordenou os trabalhos de resgate acompanhados pelo mundo inteiro, vai decidir nos próximos 30 dias se vai conceder o benefício. A decisão pode ser anunciada no aniversário de um ano do acidente, ocorrido no dia 5 de agosto de 2010 na mina San José, onde o grupo ficou preso a 700 metros de profundidade.
Entre os beneficiários está Luis Urzúa, chefe de turno do grupo e o último a sair da mina após 69 dias, no dia 13 de outubro de 2010, no fim de uma impecável operação de resgate acompanhada por milhões de pessoas em todo o mundo.

Também devem receber a pensão os mineiros Jorge Galleguillos, Mario Gómez (mais velho do grupo) e Yonni Barrios, que trabalhou como enfermeiro enquanto estavam presos na galeria, afetados por uma grave doença pulmonar.

Segundo Urzúa, de 55 anos, a pensão não muda o processo contra o Estado pela falta de fiscalização nas minas. "Estas pensões são uma contrapartida do que estamos sofrendo, e os pedidos só existem porque alguém do governo não cumpriu como deveria o seu trabalho", afirmou ao jornal El Mercurio.
"Por tudo o que vivemos e sofremos, há muitos companheiros que ainda não conseguiram refazer suas vidas", destacou Urzúa.
Alguns dos mineiros tiraram proveito da experiência, com viagens pelo mundo, participando de programas de televisão e dando palestras motivacionais.
*DA FRANCE PRESSE, EM SANTIAGO

Classificação Indicativa: Livre

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